Algum tempo depois todas nós estávamos prontas, tentamos nos
embelezar sem ficar exagerado, pois era ceia familiar e eu não queria passar
uma impressão vulgar ou exibida. Descemos e toda a família do meu namorado já
estava reunida na conversa e aos risos.
- Mas olha que gata essa namorada do Luan. – Ouvi o Matheus
falando, um pouco alto demais, para outro primo - que eu me esqueci do nome - e
senti minhas bochechas queimarem. Luan não deixou que os comentários
continuassem e sentou um “peteleco” na cabeça dos garotos, não pude evitar o
riso.
- Tira o olho que não é pro seu bico, pirralho! – Meu
namorado fez a cara de mal, como se isso fosse possível né. – Vem cá amor. – Pegou
minha mão e me levou para a varanda. – Você tá gata demais. – Falou depositando
um beijo no meu ombro.
- Olha quem tá falando. Já se olhou no espelho? – Fiz cara
lerda. – Tá uma delicia amorr. – Puxei o r para tentar imitá-lo.
- Ô gata, você se esqueceu?! – Levantou a sobrancelha. - Eu
não tô, eu sou gato e gostoso. – Falou passando a mão pelo corpo e soltando uma
gargalhada.
- Então dá uma voltinha aqui, só pra mim vai meu gato,
gostoso. – Me aproximei e pedi ao pé do ouvido, com a voz um pouco rouca. Ele
deu uma juntada em mim e me soltou. Aii, que juntada!
- Pode babar. – Disse se gabando dando uma volta pra lá de
sensual. Analisei cada ângulo, haha. Ele vestia uma calça jeans preta, com uma
camisa polo vermelha, calçava um tênis social escuro e o cabelo levemente
arrepiado. Lindo e irresistível como sempre. – Agora é a sua vez.
– Baba também. - Dei a voltinha que ele pediu e ele ficou me
analisando. Eu estava com um vestido azul petróleo, ele era justo na parte de
cima e abaixo do busto tinha uma espécie de cinto, marcando e realçando os meus
seios, a parte de baixo era estilo balone. Depois da volta, ele me puxou para
perto de si me beijando. Ficamos algum tempo ali e logo o pessoal foi chegando
e se sentando conosco.
O jantar foi lindo e tranquilo. Fizemos uma oração, com
direito a pedidos, agradecimentos e chororô. Depois de todos satisfeitos, fomos
para a sala de estar onde seria a troca de presentes.
- Como dono da casa, o Amarildo que tem que começar. – A tia
Gogó quem se pronunciou.
- Então vamos lá. – Seu Amarildo levantou e foi na direção
da árvore, em busca do seu presente. Depois de encontrá-lo, pegou e foi ao
centro, para começarmos a brincadeira. – É um pouco difícil falar sobre essa
pessoa, porque eu convivo com ela há muitos anos, e a cada ano que se passa,
descubro mais do que ela é capaz de fazer e sinto-me orgulhoso por Deus ter
sido bom em deixar que eu fizesse parte da vida dessa pessoa.
O pessoal começou a gritar o nome do Luan, se sentindo
vitoriosos com a “descoberta” rápida. Seu Amarildo timidamente, como o filho,
riu e disse que eles estavam errados.
- A pessoa com quem eu sai, foi a minha mulher, Marizete. –
Ouviu-se o coro de “É marmelada” enquanto Marizete ia ao encontro do seu
marido. Depois de receber o presente e de selar com um beijo, ouviu-se o
“owwwwwwnt” sincronizado. O presente era um pingente de ouro, em formato de
coração. Por dentro, havia uma foto do casal – Amarildo e Marizete – e outra
foto dos filhos, Luan e Bruna.
Na vez da Marizete falar o silêncio predominou novamente.
Vez ou outra alguém soltava uma piadinha para, como eles mesmo diziam,
descontrair o ambiente.
- O meu amigo oculto é bonito, está começando a vida agora,
adora uma moda de viola e tirar foto – Minha sogra foi interrompida com os gritos
do Luan e do Max dizendo que já sabiam com quem ela tinha saído, e começaram a
gritar “Mateus, Mateus” – Continuando... – ela fingiu braveza e terminou de
falar. - às vezes, fica muito tempo sumido da minha casa, mas quando vem faz a
saudade ir embora rapidinho. É você Mat, o bebê da titia. – Não foi preciso
muito para que todos os primos e tios estivessem zoando com a cara do menino.
Ele ganhou uma coleção para fãs da Saga Harry Potter, Luan ficou querendo tomar
o presente do menino. Como se ele não tivesse milhares de coleções que ganha
dos fãs, eu mesma, já havia dado uma pra ele e contei enquanto ele reclamava.
Dei quando fui ao primeiro show, ainda não tinha entrado no camarim nem nada,
por isso, entreguei pro Ângelo.
O tempo foi passando e os presentes já estavam acabando e eu
não tinha sido sorteada até agora. Até meus pais já tinham sido revelados, o
Mateus tirou a minha mãe e a presenteou com um par de brincos prateados, lindos
por sinal. Minha mãe tirou um primo deles, Lenilson e deu um perfume que a
Bruna indicou. Já a Bruna recebeu uma caixa repleta de esmaltes e outra com
inúmeras cores de maquiagem presente da tia Gogó. A minha cunhada saiu com meu
pai, presenteando-o com um lindo relógio. O meu pai saiu com o Amarildo e deu
de presente um kit de pesca, esse foi dica minha ~~ hahaha ~~. Como seu
Amarildo já tinha falado, ele indicou alguém para “recomeçar”, e esse escolhido
foi uma das amigas das sobrinhas presentes, a Jaqueline.
- Então gente, o meu amigo oculto é gato, ta de blusa
vermelha – todos olharam para os lados em busca de um “culpado”, havia três
pessoas de blusa vermelha, Luan, um tio dele e o Max - foi bem difícil de
comprar um presente pra ele. Tudo o que eu imaginava ele já tinha, então
comprei uma coisa bem simples mesmo. Acho que ele vai gostar e vai ficar lindo
nele. – Enquanto falava ela tentava disfarçar, mas olhava descaradamente para o
meu namorado, sim o Luan. Ela tinha saído com ele. Estava nítido. No começo,
quando ela chegou, até comentei com a Bruna que ela ficava encarando eu e o
Luan, mas a Bru achou que fosse cisma minha e tinha tentado me fazer parar de
pensar nisso. Agora, depois dessas encaradas, não resta dúvidas, a periguete
estava dando em cima do MEU namorado. – Eu sai com o Luan. – Ela falou toda
sorridente, vindo à direção dele. Fixei meu olhar nele e depois nela,
observando todo e qualquer tipo de movimento estranho vindo dela.
Luan cumprimentou-a e recebeu o presente. Foi abrindo e
ficou muito vermelho assim que retirou o presente da caixa. Era uma espécie de
kit com várias cuecas e uma delas, vermelha de elefantinho. Opa, opa... Como
assim ELEFANTINHO? Essa vadia tá querendo levar uns tapas, só pode. Respirei
fundo, umas três vezes, disfarçadamente. O pessoal tinha adorado, todos caíram
na risada, até mesmo meu pai. Ora, ele ia se ver comigo por rir dessa idiotice.
Luan continuava estático e completamente envergonhado. Me olhou, mas eu desviei
o olhar e fingi não me importar. A Jaqueline era só sorriso pela “arte”, depois
de parar de rir, ela começou a falar novamente.
OIII! Ixi, essa Jaqueline está saindo uma periguete mesmo hein!! Eu não teria paciência, agora dar um kit de CUECA pra um cara que tem namorada é foda kkkkk. O que será que vai acontecer hein?! u.u Custei a escrever esse capítulo, espero que gostem. Quem não tá participando do grupo, é só clicar aqui. Sempre que eu posto eu aviso por lá :) É isso, comentem. Beijos :3
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