sexta-feira, 28 de março de 2014

Capítulo 73

Algum tempo depois todas nós estávamos prontas, tentamos nos embelezar sem ficar exagerado, pois era ceia familiar e eu não queria passar uma impressão vulgar ou exibida. Descemos e toda a família do meu namorado já estava reunida na conversa e aos risos.
- Mas olha que gata essa namorada do Luan. – Ouvi o Matheus falando, um pouco alto demais, para outro primo - que eu me esqueci do nome - e senti minhas bochechas queimarem. Luan não deixou que os comentários continuassem e sentou um “peteleco” na cabeça dos garotos, não pude evitar o riso.
- Tira o olho que não é pro seu bico, pirralho! – Meu namorado fez a cara de mal, como se isso fosse possível né. – Vem cá amor. – Pegou minha mão e me levou para a varanda. – Você tá gata demais. – Falou depositando um beijo no meu ombro.
- Olha quem tá falando. Já se olhou no espelho? – Fiz cara lerda. – Tá uma delicia amorr. – Puxei o r para tentar imitá-lo.
- Ô gata, você se esqueceu?! – Levantou a sobrancelha. - Eu não tô, eu sou gato e gostoso. – Falou passando a mão pelo corpo e soltando uma gargalhada.
- Então dá uma voltinha aqui, só pra mim vai meu gato, gostoso. – Me aproximei e pedi ao pé do ouvido, com a voz um pouco rouca. Ele deu uma juntada em mim e me soltou. Aii, que juntada! 
- Pode babar. – Disse se gabando dando uma volta pra lá de sensual. Analisei cada ângulo, haha. Ele vestia uma calça jeans preta, com uma camisa polo vermelha, calçava um tênis social escuro e o cabelo levemente arrepiado. Lindo e irresistível como sempre. – Agora é a sua vez.
– Baba também. - Dei a voltinha que ele pediu e ele ficou me analisando. Eu estava com um vestido azul petróleo, ele era justo na parte de cima e abaixo do busto tinha uma espécie de cinto, marcando e realçando os meus seios, a parte de baixo era estilo balone. Depois da volta, ele me puxou para perto de si me beijando. Ficamos algum tempo ali e logo o pessoal foi chegando e se sentando conosco.
O jantar foi lindo e tranquilo. Fizemos uma oração, com direito a pedidos, agradecimentos e chororô. Depois de todos satisfeitos, fomos para a sala de estar onde seria a troca de presentes.
- Como dono da casa, o Amarildo que tem que começar. – A tia Gogó quem se pronunciou.
- Então vamos lá. – Seu Amarildo levantou e foi na direção da árvore, em busca do seu presente. Depois de encontrá-lo, pegou e foi ao centro, para começarmos a brincadeira. – É um pouco difícil falar sobre essa pessoa, porque eu convivo com ela há muitos anos, e a cada ano que se passa, descubro mais do que ela é capaz de fazer e sinto-me orgulhoso por Deus ter sido bom em deixar que eu fizesse parte da vida dessa pessoa.  
O pessoal começou a gritar o nome do Luan, se sentindo vitoriosos com a “descoberta” rápida. Seu Amarildo timidamente, como o filho, riu e disse que eles estavam errados.
- A pessoa com quem eu sai, foi a minha mulher, Marizete. – Ouviu-se o coro de “É marmelada” enquanto Marizete ia ao encontro do seu marido. Depois de receber o presente e de selar com um beijo, ouviu-se o “owwwwwwnt” sincronizado. O presente era um pingente de ouro, em formato de coração. Por dentro, havia uma foto do casal – Amarildo e Marizete – e outra foto dos filhos, Luan e Bruna.
Na vez da Marizete falar o silêncio predominou novamente. Vez ou outra alguém soltava uma piadinha para, como eles mesmo diziam, descontrair o ambiente.
- O meu amigo oculto é bonito, está começando a vida agora, adora uma moda de viola e tirar foto – Minha sogra foi interrompida com os gritos do Luan e do Max dizendo que já sabiam com quem ela tinha saído, e começaram a gritar “Mateus, Mateus” – Continuando... – ela fingiu braveza e terminou de falar. - às vezes, fica muito tempo sumido da minha casa, mas quando vem faz a saudade ir embora rapidinho. É você Mat, o bebê da titia. – Não foi preciso muito para que todos os primos e tios estivessem zoando com a cara do menino. Ele ganhou uma coleção para fãs da Saga Harry Potter, Luan ficou querendo tomar o presente do menino. Como se ele não tivesse milhares de coleções que ganha dos fãs, eu mesma, já havia dado uma pra ele e contei enquanto ele reclamava. Dei quando fui ao primeiro show, ainda não tinha entrado no camarim nem nada, por isso, entreguei pro Ângelo.
O tempo foi passando e os presentes já estavam acabando e eu não tinha sido sorteada até agora. Até meus pais já tinham sido revelados, o Mateus tirou a minha mãe e a presenteou com um par de brincos prateados, lindos por sinal. Minha mãe tirou um primo deles, Lenilson e deu um perfume que a Bruna indicou. Já a Bruna recebeu uma caixa repleta de esmaltes e outra com inúmeras cores de maquiagem presente da tia Gogó. A minha cunhada saiu com meu pai, presenteando-o com um lindo relógio. O meu pai saiu com o Amarildo e deu de presente um kit de pesca, esse foi dica minha ~~ hahaha ~~. Como seu Amarildo já tinha falado, ele indicou alguém para “recomeçar”, e esse escolhido foi uma das amigas das sobrinhas presentes, a Jaqueline.
- Então gente, o meu amigo oculto é gato, ta de blusa vermelha – todos olharam para os lados em busca de um “culpado”, havia três pessoas de blusa vermelha, Luan, um tio dele e o Max - foi bem difícil de comprar um presente pra ele. Tudo o que eu imaginava ele já tinha, então comprei uma coisa bem simples mesmo. Acho que ele vai gostar e vai ficar lindo nele. – Enquanto falava ela tentava disfarçar, mas olhava descaradamente para o meu namorado, sim o Luan. Ela tinha saído com ele. Estava nítido. No começo, quando ela chegou, até comentei com a Bruna que ela ficava encarando eu e o Luan, mas a Bru achou que fosse cisma minha e tinha tentado me fazer parar de pensar nisso. Agora, depois dessas encaradas, não resta dúvidas, a periguete estava dando em cima do MEU namorado. – Eu sai com o Luan. – Ela falou toda sorridente, vindo à direção dele. Fixei meu olhar nele e depois nela, observando todo e qualquer tipo de movimento estranho vindo dela.
Luan cumprimentou-a e recebeu o presente. Foi abrindo e ficou muito vermelho assim que retirou o presente da caixa. Era uma espécie de kit com várias cuecas e uma delas, vermelha de elefantinho. Opa, opa... Como assim ELEFANTINHO? Essa vadia tá querendo levar uns tapas, só pode. Respirei fundo, umas três vezes, disfarçadamente. O pessoal tinha adorado, todos caíram na risada, até mesmo meu pai. Ora, ele ia se ver comigo por rir dessa idiotice. Luan continuava estático e completamente envergonhado. Me olhou, mas eu desviei o olhar e fingi não me importar. A Jaqueline era só sorriso pela “arte”, depois de parar de rir, ela começou a falar novamente.

OIII! Ixi, essa Jaqueline está saindo uma periguete mesmo hein!! Eu não teria paciência, agora dar um kit de CUECA pra um cara que tem namorada é foda kkkkk. O que será que vai acontecer hein?! u.u Custei a escrever esse capítulo, espero que gostem. Quem não tá participando do grupo, é só clicar aqui. Sempre que eu posto eu aviso por lá :) É isso, comentem. Beijos :3

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