terça-feira, 26 de novembro de 2013

Capítulo 56

Os dias passavam se arrastando, tudo parecia ter perdido o sentido. Eu trabalhava e tentava adiantar minhas coisas para poder ficar mais tempo com o Luan. Agora que não tinha mais Luan, pra que eu iria fazer tudo rapidamente? Não tinha ninguém me esperando. E, assim, se passou todo o final de novembro e começo de dezembro. Até que enfim, as esperadas férias chegaram. Comprei minhas passagens e embarquei rumo à São Paulo. Passaria o final de ano com meus pais.
Pousei e nem foi preciso pedir um táxi, meu pai já estava no aeroporto me esperando. Nos abraçamos e pude perceber que ele estava preocupado comigo. O caminho inteiro ele foi perguntando como eu estava, se tinha conseguido passar direto, se eu já ficaria de vez com eles. Ficamos cerca de uma hora e meia no engarrafamento. Meu pai fazia algumas palhaçadas para me distrair e decidiu ligar a rádio, para a minha infelicidade tocava Luan.
- Desculpa filha. – Ele disse e levou a mão para o rádio, para mudar a sintonia.
- Tudo bem pai. Pode deixar tocando. – Forcei um sorriso. – Eu ainda gosto de ouvi-lo cantar.
- Você quem sabe. – Ele pegou minha mão e apertou. Fechei os olhos e me entreguei a canção.

Eu vou pedir ao sol
Pra iluminar nosso caminho
E todas as estrelas pra enfeitar nosso destino
Me leve aonde for, segure a minha mão
Pois sei que você vai ser a minha direção

A gente é assim
Temos tanta coisa em comum
Você tem marca em mim, e pra você não sou mais um
Assim é nosso amor, tão forte como a noite
Perfeito como o dia

Eu vou subir nas nuvens pra desenhar o teu sorriso
E, no azul do céu, vou ver os seus olhos brilhando
E, em meio às estrelas, fico flutuando
Em minhas digitais já tem um pouco de você
Eu sigo os seus sinais, assim nunca vou te perder
É incondicional, você tem a forma exata pra me prender
Em você

            Comecei a cantar junto com a música e pouco tempo depois já estava em prantos. Meu pai viu que eu chorava e desligou a música, sem ela ter acabado. Não falei nada, apenas continuei cantando silenciosamente e me lembrando dele. Depois de algumas horas conseguimos chegar em casa. Minha mãe me encheu de perguntas, entre elas, algumas reclamações do tipo “Você não está se alimentando direito né?”, meu pai concordou com ela e disse que eu estava muito magra. Pronto, era o que me faltava. Agora os dois iriam ficar me vigiando.
Bruna me ligou quase nove horas da noite, disse que agora ela estava morando em São Paulo devido suas aulas de teatro na escola Wolf Maia. Como eu já havia dito que estaria em Sampa, ela me chamou para sair com ela e alguns amigos. Eu não queria sair, mas ela insistiu tanto que não tive como negar.
A noite foi divertidíssima, as amigas da Bruna eram lindas e gentis, conversávamos como se nos conhecêssemos a décadas. Eu e Bruna, bebemos um pouco além da conta, no táxi enquanto voltávamos, fomos cantando parecendo duas loucas. Depois a Bruna me chamou para dormir na casa dela, eu liguei para os meus pais avisando que ficaria no apê com ela e pousamos por lá mesmo.
- Mais uma rodada de vodca pra fechar a noite com chave de ouro? – A Bruna propôs.
- Vambora que eu to precisando afogar minhas mágoas. – Concordei, apesar de já estar louquinha com a bebida. Pelo menos estávamos protegidas dentro do apartamento.
- Vou pegar a vodca, você pega os copos cunha? – Ela me pediu jogando as sandálias pelo caminho. – Opsssss.. Desculpa Vic. – Virou com a carinha tristonha.
- Vamos beber Bruna. – Propus não querendo tocar no assunto. Ficamos bebendo até amanhecer, quando vimos tínhamos virado a garrafa inteira. A casa estava uma loucura, ligamos o som, não muito alto por ser apartamento, mas nos divertimos bastante. Não me lembro de como, mas quando eu acordei, estava deitada na cama junto com a Bruna, cada uma para um lado e nós duas com a mesma roupa que fomos à balada.  
Passamos a tarde juntas, fizemos brigadeiro e comemos muito. Depois de prometer para a Bruna que nos veríamos mais vezes, voltei para a casa dos meus pais.

Luan POV

Já era dezembro e minha rotina estava a mesma, shows, visita nas rádios e ver meus fãs, que ultimamente, eram a minha única alegria. Eu estava em um hotel no Rio de Janeiro, eram quase cinco da manhã e eu não tinha dormido ainda. Meu pensamento estava com ela, minha menina. O que será que ela estava fazendo? Peguei meu caderno e comecei a anotar algumas frases soltas, peguei o violão e tentei encaixar as frases em alguma melodia. Depois de dois dias eu tinha conseguido terminar a música, mostrei para o pessoal da banda que adoraram e decidi que iria gravá-la.
Sai algumas vezes com o pessoal da banda, mas não bebia nada e depois que tinha terminado, não tinha ficado com nenhuma outra mulher. Eu sentia atração por algumas que chegavam até mim, mas sabe quando você vê e não consegue continuar? Era assim que eu me sentia. Tudo que eu fazia, eu pensava nela, fazia por ela, mesmo sabendo que ela não veria. As músicas nos shows, eu queria dedicar todas a ela. 
Vez ou outra a Bruna me falava como ela estava, apesar de eu sempre perguntar. A piroca dizia que era melhor eu não ficar me martirizando. Rober tentava me animar, mas nada que ele fazia conseguia. Estava em um churrasco na casa do Sorocaba, tocando umas modas quando meu telefone tocou. Levantei e fui atender ele em um lugar mais calmo, onde não tivesse tanto barulho.
 – Oi Bruna. ~~ silêncio ~~ Não acredito! Sério? ~~ silêncio ~~ E como é que ela ta? ~~ silêncio ~~ Vocês beberam? ~~ silêncio ~~ Tá bom piroca... ~~ silêncio ~~ Você já sabe como vai fazer isso? ~~ silêncio ~~ Você é uma gênia Bru. ~~ silêncio ~~ Eu sei, pode deixar o resto comigo. Fico te devendo uma pi.

Cheguei!! Nem demorei estão vendo só? UASHUAHUHSUAHAUSH Espero que gostem do capítulo e mais ainda, que gostem do que eu estou planejando para a fanfic. Vocês vão se surpreender, eu espero né hihihi :3  COMENTEM, POR FAVOR! Grupo para notificações no face, aqui. Beijinhos e volto logo. 

domingo, 24 de novembro de 2013

Capítulo 55

Nosso beijo foi intenso, mas eu não sentia o mesmo sabor. Eu estava magoada e aquilo só serviria para eu me machucar mais. Quando minha ficha caiu, me soltei rapidamente dele, que me encarou assustado.
- Eu...eu não consigo Luan. – Algumas lágrimas já caíram do meu rosto.
- Por que não? Eu te amo e eu sei que você também me ama. – Ele dizia inconformado.
- Luan você me traiu. – Falei andando de um lado para o outro. – Eu não consigo confiar em você. – Olhei no fundo dos olhos dele, que demonstravam tristeza. – Você não sabe o quanto foi difícil escutar risadinhas dentro da redação, depois ser humilhada pela idiota da Juliana na frente de todo mundo. E a trouxa aqui – coloquei o dedo indicador virado para o meu peito – ser a última, a saber, que tinha sido traída.
- Você contou para o pessoal da redação que estávamos namorando? – Ele perguntou sério.
- É claro que não. – Falei nervosa. – Mas se você se esqueceu, eu trabalho com jornalistas, eles sabem e investigam tudo que querem. – Respondi fria. – Eles desconfiavam do nosso namoro, mas ninguém nunca me perguntou nada, ai depois eu discuto com a Juliana, que menciona o seu nome em alto e bom som, para todo mundo ver que fui corna pro Brasil inteiro. Você acha que eles não descobriram? Você achava que EU não descobriria sua traição?
- Me desculpa pelo amor de Deus. – Ele falou desesperado, se aproximou e segurou minhas mãos.
- Eu te desculpo Luan... – Falei baixinho. – Eu te amo demais pra não te perdoar. – Ele enxugou uma lágrima que caia no meu rosto.
- Então, volta pra mim? – Encostou seu lábio no meu e eu me afastei.
- Eu te perdoo, mas eu não posso Luan. - A cada palavra que saia, sentia meu coração despedaçar, era como se eu estivesse me matando.
- Por que não pode?
- Luan, me entende, você me traiu. Como eu vou confiar em você? Se as coisas não saem do seu jeito você fica nervoso e vai fazer igual fez aquele dia, vai sair, beber, pegar outras mulheres e eu vou sofrer de novo.
- Eu te juro, nunca mais faço aquilo. – Me apertou em seus braços. Nós dois chorávamos. – Volta pra mim pequena, por favor. Eu te amo.
- Eu também te amo. – Num impulso eu o beijei. Precisava sentir cada toque, perfume e seu gosto, nem que seja pela última vez. Sabia que ele ficaria presente e vivo pra sempre na minha memória. Nosso beijo foi apaixonado e calmo, nenhum de nós dois queríamos encerrar, mas era preciso. – Agora vai embora, por favor. – Eu ainda chorava.
- Eu não vou desistir de você. – Ele beijou minha testa e me abraçou forte, depois saiu depressa e bateu a porta. Fui andando até a mesma e olhei ele ir embora, juntamente com a minha felicidade e minha força de vontade. Escutei um forte barulho lá fora, mas quando fui ver o que tinha acontecido a porta do elevador já havia se fechado.

Luan POV

- Eu não vou desistir de você. – Beijei a testa da minha menina e a abracei, sai o mais rápido que pude de lá. Chamei o elevador e enquanto esperava, processava tudo que ela tinha me dito. “Luan você me traiu”, “Eu não consigo confiar em você”, “Eu te amo demais pra não te perdoar”, “eu vou sofrer de novo”. Essas coisas ecoavam dentro da minha cabeça, como eu podia ter sido tão fraco e egoísta. Dei um soco na parede e deixei que as lágrimas caíssem. Logo o elevador chegou e eu desci.
Rober me esperava lá em baixo, assim que me viu veio ao meu encontro e pela minha cara deve ter percebido que as coisas não foram legais. – Vamos direto pro hotel. – Entramos no carro e seguimos para o hotel que costumávamos ficar em São Paulo.
Naquela noite não consegui dormir, assim como nas seguintes. Eu não sabia o que fazer para reconquistá-la e ganhar a confiança dela. Eu só tinha uma certeza, sem ela eu não conseguiria seguir em frente.

Vitória POV

Depois daquele dia o Luan não voltou a me procurar, somente a Bruna havia me ligado algumas vezes para saber como eu estava. Meus pais voltaram de viagem e eu voltei para minha cidade, não poderia mais faltar as aulas se não pegaria recuperação por falta. Resolvi terminar o semestre e me mudaria para São Paulo. Meus pais insistiram muito e Deus me ajudaria a conseguir um emprego por lá.
Os dias passavam se arrastando, tudo parecia ter perdido o sentido. Eu trabalhava e tentava adiantar minhas coisas para poder ficar mais tempo com o Luan. Agora que não tinha mais Luan, pra que eu iria fazer tudo rapidamente? Não tinha ninguém me esperando. E, assim, se passou todo o final de novembro e começo de dezembro. Até que enfim, as esperadas férias chegaram.

Comprei minhas passagens e embarquei rumo à São Paulo. Passaria o final de ano com meus pais.

Desculpem pela demora? Final de semestre tá corrido e vai ser assim até dia 7 de dezembro... Prometo que vou tentar postar mais rápido, mas não garanto. Uma coisa eu posso garantir, isso aqui vai pegar fogo. Já anotei minhas ideias e, garanto que vocês vão se surpreender. Grupo para notificações no face, aqui. Obs: O facebook está de zoeira com a minha cara, eu tento abrir e ele fica só carregando. :'( Beijinhos e volto logo.  

sábado, 16 de novembro de 2013

Capítulo 54

           Era noite, eu estava jogada no sofá me entupindo com uma panela de brigadeiro. Estava com o controle da tevê na mão e pulando os canais, nada prendia minha atenção. Parei quando ouvi a campainha tocar. Me assustei, porque não conhecia quase ninguém de São Paulo, mesmo assim, levantei com a colher do brigadeiro e fui em direção a porta. Quando eu abri meu susto foi tanto que a colher foi para o chão.
           - Lu...lu...an – Falei totalmente assustada, surpresa, angustiada. Minhas pernas bambearam e meu coração parecia que ia saltar pela boca. Minha pulsação estava rápida e eu senti uma enorme vontade de chorar, xingá-lo, bater nele, mas eu não conseguia fazer nada. Ele deu um passo para frente e em fração de segundos me colocou em seus braços em um abraço perfeito, que só ele tinha e podia me dar. Não aguentei e desabei a chorar em seus braços. – Por que você fez isso comigo? – Falei entre os soluços, ele me apertava para si, mas eu me soltei. - Por que Luan? – A raiva de me lembrar da nossa discussão e depois da idiota da Juliana me contando sobre ele beijando outra invadiu minha mente. Ele ficava calado me olhando com uma carinha triste. – Eu te odeio Luan Rafael! – Gritei indo bater nele, dei uns tapas no peito dele e ele me segurou.
          - Para com isso meu amor. – Disse segurando meus braços. – Vamos conversar.
          - Conversar o que Luan? – Puxei meus braços das mãos dele e comecei a andar de um lado para o outro. – Você vai me contar como aquela vagabunda beija ou como ela é na cama? – Perguntei irônica.
         - Claro que não. – Ele disse batendo a porta e chegando mais perto de mim. - Eu não fui pra cama com ela. Me ouve Vitória. – Segurou meu queixo me fazendo olhar nos seus olhos.
         - Por que você fez isso comigo Lu? Por que? – Perguntei baixinho sentindo lágrimas escorrerem por todo meu rosto.

         Luan POV
         
        - Lu...lu...an – Ela falou assustada, esperei alguma reação dela, mas ela não fez nada. Ficou estática em minha frente. Dei um passo para frente e em fração de segundos a abracei. Como era bom ter minha pequena nos meus braços novamente, tão minha e tão frágil. – Por que você fez isso comigo? – Ela falou já chorando e soluçando. Ela me soltou e perguntou. - Por que Luan? - Eu não sabia o que dizer, eu tinha ensaiado tanto pra no fim não conseguir dizer nada. - Eu te odeio Luan Rafael! – Ela gritou vindo em minha direção e me deu alguns tapas no peito, antes que ela me agredisse mais a segurei.
         - Para com isso meu amor. – Disse segurando os pequenos bracinhos que insistiam em me estapear. – Vamos conversar. – Ela precisava me ouvir, eu não aguentava mais essa distância.
        - Conversar o que Luan? – Numa atitude rápida, ela puxou os braços e começou a andar de um lado para o outro. – Você vai me contar como aquela vagabunda beija ou como ela é na cama? – Ela disse sarcasticamente. Droga, ela acha mesmo que eu fui pra cama com outra.
       - Claro que não. – Falei batendo a porta do apartamento e me aproximando dela. -  Eu não fui pra cama com ela. Me ouve Vitória. – Segurei o queixo dela para que ela olhasse nos meus olhos.
       - Por que você fez isso comigo Lu? Por quê? – Perguntou quase num sussurro derramando lágrimas.
       - Não chora meu amor, por favor. – Falei e uma lágrima desceu pelo meu rosto. – Me perdoa vidinha, eu te amo tanto. – Ela me olhava ainda chorando, era agora que eu tinha que agir. Demorou alguns segundos para eu pensar e agir puxei-a abruptamente para mim e a beijei. 

       Vitória POV

      - Não chora meu amor, por favor. – Ele disse e uma lágrima escorreu pelo seu rosto. – Me perdoa vidinha, eu te amo tanto. – Falou baixinho, só para que eu escutasse. Eu continuava chorando, eu estava com raiva, ódio, dor, mas ao mesmo tempo queria tomá-lo em meus braços e dizer pra todo mundo que ele era meu. Ninguém tinha o direito de roubá-lo de mim, eu demorei tanto para conquistá-lo. Enquanto eu pensava, ele rapidamente me puxou com força, fazendo com que eu batesse em seu peito e me beijou. No começo eu hesitei, tentei me soltar e bati em seu peito, mas a quem eu queria enganar? Eu o amava e desejava aquilo, eu não queria que ele me soltasse. 

       Amores, volto com outro hoje. Grupo para notificações no face, aqui. Beijosssss 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Capítulo 53

     Acordei e a dor de cabeça não tinha passado, eu estava deitado na cama. Peguei o celular e olhei as horas, quase duas da manhã. Não conseguia parar de pensar nela, será que ela tava bem? Mas é claro que não né! Por dentro eu sabia que ela estaria sofrendo, mas como eu poderia me explicar se ela não queria olhar na minha cara?
Peguei o celular e resolvi entrar no twitter, precisava distrair enquanto não encontrava uma maneira de me explicar pra minha princesa. Entrei e o twitter estava uma loucura, as fãs comentando sobre uma foto que a Vitória tava com cara de choro. Não estava entendendo nada.
     “Vcs viram a cara de choro daquela Vitória na foto com a Beatriz do @ParaLuan? Será q ela e o @luansantana tavam ficando e ela achou q teria alguma chance com ele?#Coitada”
Fiquei lendo alguns outros tweets a procura da foto, não demorou muito para que eu achasse. Me cortou o coração vê-la daquele jeito. A menina que tirou foto com ela deveria ser minha fã, a legenda estava assim: “Eu com a @vitoriamelo, uma linda e fofa. Estou esperando você me seguir viu?! Adorei te conhecer gata! Ahh, não se preocupe. ‘Porque eu sei que no final fica tudo bem ♪’ Beijooos”
     Dei uma olhada nos comentários na foto e eram variados.
    “Tá chorando é? Quem mandou dar mole pro Lu, fez igual com a Cacau, comeu e jogou fora.”
    “Eu acho é pouco... Essa guria é outra periguete, não fui com a cara dela.”
    “Credo gente! Fiquei com dó da menina, ela tava com a carinha tão triste na foto, ela deve ter visto a foto do Lu beijando a menina na balada.”
    “Será que eles estão ficando mesmo?”

     No final, tinha outro comentário dessa tal Beatriz.
   
    “Noooossa Senhora. Pelo amor de Deus, deixem de criancice e vão embora da minha foto. Não gostaram? Foda-se!”
     
     Uma menina perguntou uma coisa pra ela que consegui ficar ao mesmo tempo triste e feliz.
    
     “Onde você encontrou com essa menina @beatrizmendonça? E, ela tava chorando mesmo?”
    “Estávamos no voo para São Paulo @meumeninols! Ela tava triste sim, mas ela não falou o motivo. Eu que intrometi e implorei para tirar foto com ela kkkkkk”
     Então é isso, ela está em São Paulo na casa dos pais dela. - Eita, porra! Eu não tenho o endereço de lá. – Falei alto e a porta se abriu bruscamente me fazendo dar um pulo da cama.
     - Ai piroca, você quer me matar do coração é?
     - Calma Pi. – Ela falou rindo e entrando no quarto. - Você não tem o endereço de onde?
     - Da casa dos pais da Vic. – Falei triste. – Eu descobri que ela ta lá.
     - Como descobriu isso? – Bruna me perguntou curiosa.
     - Olha. – Entreguei o telefone com a foto dela pra ela que olhou e me deu um tapa no braço. – Ai ai Bruna! Para com isso! – Falei bravo.
     - É pra você aprender a largar de ser trouxa e fazer a menina sofrer. – Ela disse rosnando pra mim e tacando o telefone na cama, me deixando sozinho. Fiquei tentando lembrar se a Vitória já tinha me dito o endereço de lá, mas não lembrava de nada. Essa pergunta ficou martelando na minha cabeça até eu ter uma ideia.
      Peguei novamente meu telefone e desci o dedo pela agenda a procura de um contato, por sorte, havia anotado em um dia que estava mexendo no telefone da Vic e ela recebeu mensagem dele. Disquei os números e no quinto toque atendeu.
      - Alô?
      - Oi.. É...Gustavo?
      - Ele mesmo, quem fala?
      - Aqui é o Luan...
      - Luan Santana? – O cara assustou do outro lado da linha. – Porque ta ligando a essa hora? O que aconteceu com a Vitória? – Ele jogou as perguntas desesperadamente.
      - Então cara, não aconteceu nada com ela... Bom, acho que não... – Falei meio nervoso. Estou tendo que me abrir pra um cara que já quis pegar a minha muié. - É que, eu e ela... nós... brigamos sabe... e ela não me atende.. Eu sei que ela ta em São Paulo, mas eu não tenho o endereço da casa dos pais delas... Queria saber se... se você.... me passa o endereço de lá? – Perguntei receoso.
      - Vou ver direito o nome da rua e te mando por sms, mas primeiro você tem que me falar porque vocês brigaram. – Ele falou desconfiado.
      - É... Então, ela viu umas fotos e.....
      - E...
      - E entendeu tudo errado...
      - Que tipo de fotos?
      - Qual é cara, você vai me passar o endereço ou vai ficar fazendo pouco caso? – Perdi a paciência. Eu lá devo satisfação pra homi. Ainda mais pra esse Gustavo que já tinha dado em cima da minha muié e, que era apelidado carinhosamente de “Gus”. Só de imaginar já me dava raiva.
      - É melhor você baixar a bola. – Gustavo falou aumentando o tom da voz. – Me conta o que houve e eu te passo o endereço.
      - Quer saber? Muito obrigado, não preciso mais não. Falou cara. – Disse nervoso e desliguei o telefone. - Quem ele pensa que é pra me chantagear? Eu vou descobrir isso é sozinho! – Falei decidido, indo arrumar minhas coisas numa mala.
      Um pouco mais tarde, quando estava para sair, meu pai veio conversar comigo. Contei a ele tudo que tinha acontecido até do telefonema com o Gustavo. Ele pediu para eu ficar calmo e deixar a poeira baixar um pouco. Depois de muita insistência concordei em procurá-la dali alguns dias.

       Uma semana depois
       Vitória POV

       - Eu já estou melhor mãe, fica tranquila ta? – Tentava acalmar minha mãe. – Eu acabei de sair daqui mãe. Acho que fui bem. – Falei tentando parecer animada. Ela e meu pai estavam viajando para a Europa. Eu não fui, pois hoje, era o dia da minha prova pra tentar entrar na New York University. Além do que, não estava com clima para viagem, era bom que os dois aproveitassem sozinhos, depois de muitos anos, eles conseguiram juntar dinheiro para uma segunda lua de mel, como eles mesmos disseram. No começo, minha mãe não tava querendo mais ir, por minha causa. Eu estava chorando muito e comia pouco, mas eu estava levando. Fazia meus trabalhos da faculdade e mandava por email para os professores, a mesma coisa com as coisas da redação.
       Eu não queria ter ido fazer a prova, não tinha mais sentido. Se eu passasse, meu coração ficaria inteiro aqui no Brasil, mas ao mesmo tempo, ele já estava tão partido e machucado que nada mais o afetaria tanto. Naquele dia, fui para casa e como todas as outras noites, chorei me lembrando dele.

      Luan POV

      - Tem certeza que é esse mesmo testa?
      - Tô falando que é Luan. – O meu secretário respondeu nervoso. Estávamos na porta do apartamento 403, no bairro Pompéia em São Paulo. Foi isso que o Rober conseguiu descobrir, ele dizia que tinha certeza que era esse, mas eu estava morrendo de medo de não ser, ou dela não me atender. Chegamos lá e oferecemos um dinheiro ao porteiro, ele disse que preferia uma foto e um autógrafo para sua filha. Então, entramos facilmente, sem precisar avisá-la de que estávamos subindo. Para minha sorte, o porteiro disse que ela estava sozinha em casa, os pais tinham viajado. Me perdi nos meus pensamentos mais uma vez e fui cutucado pelo Rober. – Vai bater a campanhinha ou quer que eu mesmo bata? – Ele disse impaciente.
       - Podexá comigo. – Falei empurrando ele pro lado. – Você já pode voltar. Tchau testa. – Ele bufou e entrou de volta no elevador. Esse seria um momento entre eu e ela, ninguém mais poderia atrapalhar. - É agora ou nunca. - Com muito custo e medo, apertei a campainha e aguardei até a porta ser aberta por ela. 

        Vixe, e agora, o que será que vai acontecer hein? Palpites? Acho que hoje tem mais! Vamos ver se consigo hehehe. Grupo para notificações no face, aqui. Beijossssssss

domingo, 10 de novembro de 2013

Capítulo 52

     Subi no avião e assim que ele decolou as lágrimas já brotavam no meu rosto, eu tentava segurar, mas não conseguia. A comissária perguntou se eu precisava de alguma coisa, pedi um calmante e ela me trouxe. Depois de algum tempo no ar, vi alguém se aproximar e sentar ao meu lado. Nem olhei, continuei com meus pensamentos e o fone de ouvido ligado no máximo. Algum tempo depois a pessoa me cutucou e eu olhei impaciente, era uma menina, deveria ter seus 15/16 anos.
   - Oi.  – Ela disse tímida.
   - Olá. – Respondi quieta, seja lá quer for, não tem culpa do que eu to passando.
   - Você não me conhece, mas eu conheço você. – Deu um risinho sem graça.
   - Ah é? De onde me conhece?
   - Eu já vi você nas revistas com o Luan. – Ela falou e eu fiquei sem ar, o meu Deus, uma fã. Agora tudo fudeu mesmo. – Mas não é só por isso que te conheço não, eu li sua matéria sobre o Charlie Brow Jr e adorei, eu era muito fã da banda. – Falou sem graça.
    - Uma pena né. Foi uma tragédia.
    - Então, eu ia vim aqui antes, mas vi que você tava chorando, minha mãe brigou comigo e disse pra eu ficar quieta, mas resolvi vir mesmo assim. – Ela riu e apontou para a mãe que estava sentada na poltrona atrás da minha. – Você ta bem? 
     Sorri sem graça, a menina estava sendo uma fofa comigo. – Estou sim anjo. São só alguns problemas.
     - Espero que fique bem. – Ela limpou uma lágrima que caia do meu rosto, awn que fofa. – Posso te pedir uma coisa? – Arqueei uma sobrancelha e ela sorriu sapeca. – Manda um beijo meu para o Luan? – Fiquei sem reação. – Por favor, eu o amo tanto. – Seus olhinhos brilhavam, eu sabia como era isso, afinal antes de tudo, eu era uma fã como ela que sonhava em abraçar o seu ídolo.
    - Claro, quando eu tiver a oportunidade de encontrá-lo eu mandarei seu recado. – Era melhor falar isso do que um não, mal sabia ela que eu não queria ver aquele safado tão cedo.
    - Você tá triste por causa das fotos? – Hã? Ai meu Deus, ela também já deve ter visto.
    - Que fotos? – Fingi não saber de nada.
    - Do Luan na balada. – Ela forçou um sorriso.
    - É..Clar...Claro que não. – Gaguejei um pouco e sorri. – Ele tem que viver a vida dele como bem entender, não é mesmo? – Segurei o choro e ela forçou um sorriso.
     - Posso pedir outra coisa? – Agora ela quer o braço também? Segurei o riso. Olha, ela pelo menos está me fazendo sorrir.
    - Claro.
    - Tira uma foto comigo? – Hã? O que? Eu não estava acostumada com isso, além do que eu estou horrorosa. 
    - É.. ér... Foto? – Perguntei sem graça. – Eu estou tão horrorosa, com olheiras, olho inchado. – Soltei um riso abafado.
    - Que nada, você é lindona. – Ela abriu um sorrisão. – Por favor! – Fez cara de cachorrinho pidão. Por que as pessoas sempre faziam isso comigo hein?
    - Tá bem, você venceu. – Falei por fim e ela bateu palmas alegremente, cara, ela parecia muito a Bruna. O jeitinho, como manipular as pessoas a fazerem o que ela quer. Tiramos a foto e ela me olhou novamente sapeca, ai Jesus, o que eu fui arrumar. 
    - Assim... - Ela mexia nos dedos. - Se não for pedir muito me segue no instagram? Eu te sigo há um tempo, já pedi, mas ultimamente você não tem postado nada lá né? - Ela riu me condenando. 
    - Não tenho tido tempo. - Sorri. - Prometo que quando eu entrar eu te sigo, mas preciso do seu nome né? 
    - Ah é verdade, esqueci de me apresentar Vitória. Meu nome é Beatriz Mendes. - Ela esticou a mão para que eu a apertasse em forma de cumprimento. - Meu instagram é @beamendes. - Ela disse anotando em um papel e me entregou. - Vou esperar você me seguir hein? 
    - Ok, ok. - Ri, não estava acostumada com isso. - Depois eu te sigo, prometo. - Cruzei os dedos. Depois de me agradecer imensamente e pedir para eu não esquecer de dar um beijo no Luan ela foi se sentar ao lado de sua mãe e eu voltei para o meu mundinho com minhas músicas depressivas e que me remetiam a somente um pensamento, ele. Algum tempo depois já estava pousando em São Paulo.
    Era madrugada quando o taxista me deixou em casa. O porteiro como já me conhecia, liberou minha entrada. Toquei a campainha e assim que a porta se abriu minha mãe levou um susto.
   - Ai menina! Quer me matar é? – Ela colocou a mão no peito. – Não era pra você estar trabalhando?
   - Mãe! – Deixei as malas no chão e abracei-a com toda minha força, não consegui aguentar e desabei a chorar nos braços dela.
   - O que aconteceu meu Deus? – Perguntou desesperada e eu não conseguia falar nada. – Vem vamos entrar. – Soltou dos meus braços e pegou as minhas malas. Foi abraçada comigo até o meu quarto e então, deitei no seu colo. Meu pai dormia, ela fechou a porta do meu quarto e tentou me acalmar. – Diz pra mim o que aconteceu filha.
   - Mãe... Ele...ele..me traiu! – Falei desesperada, chorava feito uma criança.
   - O Luan? – Ela perguntou e eu apenas assenti. – O minha filha, eu falei pra você ir com calma. – Passou a mão nos meus cabelos.
   - Mas mãe, eu amo aquele garoto! – Falei entre os soluços. – Ele falou que me amava. – Olhei para ela que me encarava com uma expressão triste.
   - Esquece isso um pouco, deita aqui que eu vou preparar um chá pra você se acalmar. – Ela disse me ajeitando na cama e apagando a luz. Meus olhos estavam pesados, eu não tinha dormido nada na noite anterior e já se passava das três da manhã. Minha cabeça estava voltando a latejar, o efeito do calmante já devia estar passando. Não demorou muito para que minha mãe voltasse com o chá de camomila. Tomei tudo e ela ficou comigo até eu conseguir dormir.

    Luan POV

    Era madrugada quando o avião pousou em Londrina, cheguei em casa e todos estavam dormindo. Fui para meu quarto, tomei um banho relaxante e deitei. Virava pra um lado, para outro e nada do sono vir. Resolvi dar uma volta pelo condomínio, coloquei uma calça e uma blusa de moletom, um boné e sai andando pelas ruas frias em direção ao lago.
   Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, quando vi o sol já tinha se posto e eu continuava no mesmo lugar. Eu não queria machucá-la, nem deixá-la sofrer, eu a amava. A minha pequena, tão frágil. Como eu sou um idiota! Meu subconsciente gritava. O movimento no condomínio estava começando a aumentar, decidi voltar para casa. Não queria conversar com ninguém agora.

Algumas horas depois

    - Bruna, você sabe onde ela ta?
    - Sei Luan, mas eu não vou te falar porque eu sei que você vai atrás dela.
    - Me fala, por favor. Eu preciso me explicar com ela.
    - Não Luan, você tá de cabeça quente, ela também deve estar. Dá um tempo pra ela entender tudo que tá acontecendo, o que aconteceu.
    - Você não entende Bruna! – Levei as mãos na cabeça e gritei. – Eu vou perdê-la! – Senti meus olhos ficarem embaçados e uma lágrima se formou, escorrendo pelo meu rosto. – Eu vou perdê-la. – Repeti baixo sentando na cama.
    - Vai dar tudo certo Pi. – Bruna se aproximou e deixou um beijo na minha testa. Disse que ia sair e eu fiquei ali quieto no meu quarto. Bateram na porta e eu pedi para me deixarem sozinho, a pessoa insistiu e entrou, era minha mãe. Antes que ela pudesse me dar uma bronca eu corri e a abracei. Pela primeira vez, depois de tantos anos, me permiti chorar por alguém.
    - Filho, o que você foi fazer com você. – Ela falava afagando meus cabelos. – Vem aqui, deita no meu colo. – Sentamos na cama e eu encostei minha cabeça no seu colo. Ficamos por horas, eu ali chorando quieto e ela me dizendo que tudo ficaria bem.

    OOOOI! Desculpem a demora, explicações no grupo do facebook. Espero que vocês gostem. Comentem, critiquem, elogiem, sintam-se à vontade. Grupo do face, aqui. Beijinhos e volto logo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Capítulo 51

   Vitória POV

   Cheguei em casa e meu celular começou a tocar, era ele. Que ódio. Eu deixei tocar e ele insistiu mais algumas vezes. Depois apitou avisando que tinha chegado uma mensagem.

“Me atende vidinha, por favor!”

   Vidinha? Ele me trai e agora quer falar comigo? Me poupe Luan. Ele continuou ligando, resolvi mandar uma mensagem.

“Me deixa em paz, por favor!”

    Com o coração despedaçado e com lágrimas nos olhos apertei pra enviar e desliguei meu telefone. Entrei no banho e fiquei um tempão com o chuveiro ligado, deixando minhas lágrimas caírem. Era muita dor, a imagem dele beijando outra ficava na minha mente e eu não entendia o por que. Será que ele já estava me traindo? Não consigo acreditar que isso tá acontecendo comigo. Sai do banho, coloquei um pijama e deitei debaixo das cobertas. Não estava com cabeça para ir pra faculdade. Deitei e fiquei assim, sozinha, chorando e me martirizando.

   Luan POV

   Eu ligava, chamava, chamava e caia. Meu telefone apitou e era mensagem, era dela. Corri para ler.

“Me deixa em paz, por favor!”

   - Merda! Merda! Ela já deve ter visto. – Gritei desesperado. – Ela tem que me ouvir. – Falei decidido a ir atrás dela. Liguei pro Rober e no primeiro toque ele atendeu.
   - Rober manda arrumar o bicuço porque eu vou atrás dela.
   - Não vai dar cara, o show é daqui a pouco.
   - Droga! Eu tenho que falar com ela testa. – Eu estava desesperado. - Vou ligar pra Bruna.
   - Tá ok. Não se atrasa, em uma hora estamos saindo do hotel.
   - Ok. – Desliguei e disquei os números da Bruna. Custou, mas atendeu.
   - Luan, resolveu dar notícias é? – Ela foi irônica.
   - Você já viu também? – Perguntei baixo, me sentia envergonhado, com nojo de mim mesmo.
   - Vi o que? Luan o que você aprontou? – Perguntou brava do outro lado da linha.
   - Bruna me ajuda, eu tenho que falar com a Vitória. – Supliquei desesperado.
   - Luan o que você aprontou?
   - Isso não importa você vai me ajudar ou não? – Perguntei impaciente.
   - Claro que importa. – Ela falou alto. – Vai falar ou não?
   - Que saco Bruna! Eu... – Pensei se eu falasse ela não ia me ajudar, mas se eu não falasse ela iria ver na internet e não ia me ajudar de qualquer jeito.. Tô ferrado mesmo..
   - Desembucha Luan!
   - Eu fiquei com outra ontem. – Falei rapidamente e por um momento ela ficou em silêncio, em seguida veio o grito.
   - O QUE LUAN? NÃO ACREDITO! PORQUE VOCÊ FEZ ISSO? ENLOUQUECEU?
   - Eu bebi demais e vi uma menina igual a Vitória, sei lá o que me deu.. O Rober disse que eu beijei ela achando que fosse a Vitória..
   - Luan eu não acredito que você fez isso! – Ela estava nervosa.
   - Já falei que eu tava bêbado.
   - Aham sei. – Continuou com a ironia. 
   - Vai me ajudar ou não? Eu ia pegar o bicuço e ir pra casa dela, mas o show é daqui a pouco. Tenta descobrir se ela ta lá mesmo e me manda mensagem ta?
   - O que você vai fazer?
   - Depois que acabar o show vou direto pra lá.
   - Ok. – Ela disse e desligou o telefone na minha cara. Que burrada eu fui fazer meu Deus. – Taquei o telefone em qualquer lugar e fui me arrumar para o show.
    No caminho inteiro eu fui quieto e em silêncio, o pessoal da banda já sabia da minha burrada, não falaram nada, me deixaram quieto na minha. O show foi incrível, apesar de estar triste, meus fãs mereciam o melhor. Fiz o melhor que pude e quando vi já tinha acabado. Olhei no celular e a Bruna tinha mandado mensagem.

“Ela não tá na casa dela, se for vai perder a viagem. Vem pra casa e dá um tempo pra ela. Bjs”

   Por mais que eu não quisesse dar esse tempo pra ela, eu resolvi aceitar o conselho da Bruna. Ia deixar a minha pequena esfriar a cabeça, depois falaria com ela.

  Vitória POV

   Por mais que eu tentasse, não conseguia dormir. Fitei o teto por longas horas, minha mente estava atordoada, não acreditava no que ele tinha feito. Resolvi ligar para a Vanessa e expliquei tudo o que tinha acontecido, ela ficou muito triste e me ajudou a encobertar a Patrícia para eu poder ir para a casa dos meus pais.
   Fiquei com medo da cobra da Juliana falar algo pra Patrícia, mas a Vanessa disse que se ela comentasse algo daria um jeito nela. Peguei algumas roupas e joguei tudo em uma mala. Corri até o aeroporto e peguei o primeiro voo que tinha em direção a São Paulo. Iria passar uns dias na casa dos meus pais. Precisava do colo da minha mãe. 

   Oi mozamoors! Estou MUITO triste com o término do namoro do Luan com a Jade, não sou e nunca fui luade, sou LUANETE, mas eu gosto da Jade e acho que ela era a mulher certa (depois de mim, claro u.u zoa kkkk) pro Luan. Não precisa de dinheiro e nunca quis ganhar fama em cima dele, ela o ama de verdade, mas nenhuma mulher aguenta tudo que ela aguentou né.. Acredito que como uma mulher boa e fiel que é, logo encontre um cara gente fina que a faça feliz. Do fundo do meu coração, torço por isso. Criei um carinho e uma enorme admiração por ela (não tô falando que a amo não ta? Amo só o Luan). Enfim, sou fã do Luan há CINCO anos, e meu amor por ele continua o mesmo, incondicional e indecifrável. Só que como homem, ele me decepcionou muito. Sei que algumas leitoras não gostavam do namoro ou da Jade, não vou entrar nessa questão, porque cada um pensa de um jeito. Achei que deveria falar, já que está tendo uma repercussão muito grande esse término, espero que ambos estejam bem e que sejam felizes, mesmo que separados. Queria que o Luan entrasse no twitter e se pronunciasse, mas como já o conheço, acredito que ele não vai falar nada ¬¬
   Acho que esse meu texto ficou maior que o capítulo né? Mas tudo bem u.u O próximo capítulo tá bem grande, três páginas no word kkkk. Sobre o capítulo, postei outro porque amanhã vou viajar cedo para uma palestra e não sei se terá como postar. Vou tentar arrumar um computador lá pra não deixar vocês sem capítulos, ok? Grupo para notificações no face, aqui. Beijinhos e volto logo.

Capítulo 50

    Luan POV

    Acordei com muita dor de cabeça. Minha visão tava péssima e tudo estava girando.
    - Puta que pariu como dói. – Disse ponto a mão na cabeça. Fui ver as horas e já eram quase três da tarde. Procurei meu celular na calça, mas não encontrei. Depois de muito vasculhar achei na mala.  
     Liguei ele e havia inúmeras mensagens e ligações perdidas, algumas da Bruna e milhares da Vitória. Resolvi ler as da Vitória primeiro.

    “Luan me atende, por favor!”
    “Amor, para com isso... Me atende ai vai!”
    “Amor!”
    “Não fica bravo comigo, eu te amo amorzinho.”
    “É a última vez que eu vou tentar te ligar.”
    “Luan isso é criancice. Quando você estiver disposto a conversar feito homem me liga!”

    - Eita porra, a muié deve tá uma onça comigo.

   “Luan? Por que seu telefone ta desligado? Não vai aprontar hein Pi, a cunha tá louca atrás de você. Liga pra ela. Se cuida, bjs.” Essa última era da Bruna. Que droga, o que eu fiz. Disquei os números do testa e logo ele atendeu.
    - Até que enfim a bela adormecida acordou hein? – Ele falou me enchendo o saco.
    - Não enche testa! Dá pra você vir aqui e trazer um remédio pra dor de cabeça?
    - Tô subindo! – Ele disse e desliguei o telefone. Pouco tempo depois ele apareceu no quarto.

     Vitória POV

     - Vim te perguntar se você já viu onde seu queridinho passou a noite ontem? – Não, pelo amor de Deus, que não seja o Luan. Ela só quer me tirar do sério, calma Vitória.
     - Fala logo o que você quer Juliana! – Elevei o tom da minha voz, ela já estava conseguindo me tirar do sério.
     - Acho melhor você ver com seus próprios olhos.
     - Ver o que? Onde? – Perguntei e ela ficou me encarando com uma cara cínica. – Fala logo merda! – Perdi a paciência e peguei no braço dela.
     - Entra ai no site do TV Fama pra você ver. – Assim que ela falou a soltei e corri para o computador. Abri o site e estava bem na página principal. “Parece que Luan Santana continua solteiro, veja as fotos do cantor curtindo a balada nessa madrugada e aos beijos com uma morena.” Não acreditei no que estava vendo, por isso ele não me atendeu. Cliquei no link da matéria e vi aquilo que eu me cortou o coração. Ele estava mesmo aos beijos com uma mulher, em outra foto ele e o Rober e Well saindo da tal balada.
      - Não é possível. – Falei e lágrimas já escorriam pelo meu rosto. Fechei o computador e enxuguei minhas lágrimas.
      - Como você é idiota. – Juliana segurou meu braço. – Olha pra você garota, achou mesmo que ele iria te respeitar?
      - Cala a sua boca Juliana, você não sabe merda nenhuma. – Gritei, o pessoal da redação já estava tudo nos olhando curiosos e confusos querendo saber o que estava acontecendo.
      - Tá nervosinha é? – Ela me provocou. – Só porque deu pro Luan Santana achou que fosse ganhar alguma coisa.
      - Eu mandei você calar a boca. – Parti pra cima dela e quando eu fui dar um tapa na cara dela me seguraram por trás. – Me solta! – Gritei e a Patrícia chegou, pronto, fudeu tudo de uma vez.
      - O que tá acontecendo aqui? – Ela perguntou visivelmente irritada com a bagunça que estava a redação.
      - Por enquanto nada Patrícia. – Falei e olhei pra ela. – Se essa garota se meter no meu caminho ela vai se ver comigo. – Apontei pra Juliana que me olhava com aquela cara cínica que ela tinha.
       Peguei minhas coisas e sai o mais rápido que pude de lá. Peguei meu carro e fui correndo para casa, eu precisava processar tudo que havia visto. O caminho todo fui chorando, não acreditava no que estava acontecendo, era demais pra mim. Acelerei e continuei com aquelas imagens na minha cabeça. - Ele me traiu! - Fechei os olhos e quando abri novamente tive que frear bruscamente, o semáforo estava fechado pra mim, por sorte eu consegui desviar e não bati.

       Luan POV

       - Testa o que eu fiz ontem? – Perguntei rezando para não ter feito nenhuma besteira.
       - Tem certeza que não lembra Luan? – Ele falou grosso.
       - Mais que merda, to falando, não lembro. Se eu lembrasse não tava perguntando né?
       - Você faz as coisas erradas e agora fica nervosinho?  - Ele só podia estar de brincadeira. – Veja com seus próprios olhos. – Me entregou o ipod no site do TV Fama.
       - Puta que pariu! – Levei as mãos na cabeça. – O que eu fiz meu Deus! – Não estava acreditando, olhei as fotos e fiquei atordoado. – Como você deixou isso acontecer testa?
       - Eu tentei te segurar, te avisei... Você não me ouviu, ficou bebendo e depois agarrou a mulher achando que era a Vitória.
       - Não pode ser cara... Não pode!
       - Você tá ferrado. Não só com a Vitória, mas a Arleyde vai te matar!
       - Que se foda a Arleyde, to preocupado com a minha Vitória. Eu preciso falar com ela antes que ela veja isso.
       - Então corre, porque está em todos os sites. – Ele disse saindo do quarto. Corri, peguei meu telefone e liguei para ela. Chamava, chamava e não atendia. Droga! Minha cabeça estava a ponto de explodir. Tentei de novo e de novo, não atendia. Resolvi mandar mensagem.

“Me atende vidinha, por favor!” 

      TÔ FELIZZZZZZ! 50 CAPÍTULOS AMORES, BORA GRITAR COMIGO \Õ/ AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA hahahaha Quero agradecer muito quem sempre ta comigo, quem chegou agora, todas vocês que partilham desse meu sonho e me ajudam a transformá-lo em realidade! Tô muito feliz mesmo! Três meses de fanfic! *--*
     Sobre o capítulo, e ai, o que acharam? O que será que a Vitória vai fazer hein? Se fossem vocês no lugar dela, perdoariam ou não o nosso nego safado?! 
     Grupo para notificações no face, aqui. Beijinhos e volto logo *_*

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Capítulo 49

    Luan POV

    - Outro dia já vai ter passado a data para a comemoração Vitória. – Disse frio. Eu estava com raiva, poxa, planejei uma viagem legal para comemorarmos e ela não vinha. – Tá bom então Vitória. Boa noite! – Nem esperei ela me responder, já desliguei o telefone. Estava cansado de ouvir desculpas. Já faria um mês que não nos víamos e ela não fez o mínimo esforço de vir viajar comigo.
    Resolvi parar de pensar nisso, mas como? Ela não saia da minha mente, olhei para a tela do celular e lá estava ela com o sorriso mais lindo, que eu tanto amava.
    - Que droga Vitória. – Desliguei o telefone e taquei dentro da mala. Não queria falar com ela agora, eu estava nervoso e iria acabar descontando tudo nela. Fui tomar um banho para relaxar e ouvi batidas na porta, só poderia ser o Rober. Terminei de me trocar e fui atender. – Que foi é testa? – Perguntei nervoso.
    - Qual é cara, vim te chamar pra sair. Os muleque tão chamando pra gente ir na balada de sempre, borá? – Não seria má ideia, precisava distrair, já que a Vitória não fez questão de sair comigo bora beber.
    - Demoro! To precisando beber. – Falei prontamente. – Vou só arrumar e nois já vai.
    - Beleza, tamo te esperando lá em baixo. – Rober falou fechando a porta. Fui me arrumar.

     Vitória POV

     - Que merda. – Era a décima vez que eu tentava ligar para o Luan e só dava caixa postal. Decidi ligar para a Bruna, precisava falar com alguém. No terceiro toque atendeu.
     - Cunha? – Uma voz de menininha atendeu do outro lado da linha.
     - Ai Bruna, que bom que você me atendeu. – Respirei aliviada. – Bruna me ajuda, o Luan tá super bravo comigo, disse que eu não to nem ai pra ele. Ele queria que eu fosse viajar com ele para comemorarmos três meses de namoro, mas eu to finalizando aquela reportagem que eu te falei, lembra?
     - Lembro sim cunha, mas e ai?
     - Ele foi um grosso comigo pelo telefone, desligou na minha cara e agora não me atende. – Falei nervosa, já estava quase chorando.
     - Calma cunha, ele tá de cabeça quente. – Ela falou tentando me acalmar. – Logo ele te liga e vocês fazem as pazes, não fica assim.
     - Poxa, o que custava ele entender? Ele queria que eu largasse tudo e fosse atrás dele?
     - Você sabe como o Luan é explosivo e cabeça dura. Ele deve estar com ciúmes cunha, você direto tem feito matérias e entrevistas legais com os artistas. O Pi já me disse que as vezes fica com ciúmes de você indo viajar para entrevistar os artistas, mas não viaja com ele.
     - É o meu trabalho Bruna. – Falei incrédula. – Do mesmo jeito que é o trabalho dele cantar e viajar o Brasil. Você acha que eu não fico com ciúmes dele? Já reparou o tanto de periguete que o ronda? – Ela respondeu com um “uhum”. – Então, eu nunca reclamei pra ele. Por que é o trabalho dele e eu entendo.
    - Eu sei, mas fica tranquila ta? Ele não vai fazer nada demais. Dá esse tempo pra ele.
    - Vou esperar, quando ele estiver disposto a conversar ele sabe onde me encontrar né. Obrigada, beijo Bru.
    - Beijo cunha, fica tranquila.
    Desligamos e eu decidi não pensar mais nisso. Fui me concentrar na minha reportagem, faltava pouco para eu entregar e ela ainda não estava pronta.
    Eram quase três da manhã quando eu tinha conseguido finalizar a matéria. Só ficou faltando a diagramação das fotos e a minha reportagem já estaria pronta. Tentei ligar novamente para o Luan e só deu caixa postar. Resolvi mandar uma última mensagem e fui me deitar, tinha que madrugar, estaria de plantão no próximo dia. Depois, de cabeça fria tentaria falar com ele.

   Luan POV

    Fomos para uma boate famosa de São Paulo. Ficamos no camarote e já peguei minha bebida. Estava precisando esquecer um pouco a minha briga com a Vitória e divertir com meus amigos.
    Depois de algum tempo, eu já estava feliz, sentindo as coisas melhorarem. Devia ser efeito da bebida, mas o que importa isso é bom. Fiquei no bar bebendo, o garçom trazia a bebida e eu virava de uma vez, depois de algum tempo o Rober veio conversar comigo.
    - Luan, acho melhor você parar de beber. – Ele falou me repreendendo. Esse já devia ser meu quarto ou quinto copo de bebida, mas eu estava bem, sóbrio.
    - Ihhh testa, nem enche ta? Tô ótimo. – Falei levando o copo a minha boca e virando de uma vez. Algumas mulheres se aproximavam de mim e eu enrolava e dizia que tava de boa, sozinho. Eu não ia trair a Vitória, eu a amo, só precisava de beber.
    - Luan, vamo sentar lá com a gente então. – Rober pegou no meu braço e quis me levar em direção a mesa onde estava sentado o pessoal.
    - Vai embora testa, me deixa. – Puxei meu braço e me soltei. – Eu vou dançar agora. – Falei ignorando o chamado do testão e indo dançar. Comecei a dançar e novamente umas mulheres muito gostosas vieram dançar comigo, mas não fiquei com nenhuma. Olhei uma mulher dançando e ela era idêntica a Vitória. – Minha Vitória veio me ver. – Falei todo contente indo ao encontro da minha princesa. – Vitória meu amor. – Falei alto devido a música alta. Virei a puxando e a beijando, quando terminei o beijo vi que não era ela. Cocei meu olho e olhei novamente, a imagem da Vitória estava na minha cabeça, comecei a ver um monte de Vitória junta.
      - Se você quiser eu sou a sua Vitória meu gato. – A mulher disse. Cocei os olhos novamente e dei o último gole da minha bebida. Era ela, minha Vitória.
      - É claro que você é a minha Vitória. – A beijei novamente. – Meu amorzinho, que saudade que eu tava doce. – Colei nossos corpos e comecei a dançar e a beijá-la. - Ainda bem que você largou tudo e veio pra cá pra gente comemorar. - Falei as palavras um pouco embolado, minha visão tava meio turva, mas eu tava bem. Senti alguém tocar no meu ombro e quando vi era o testa novamente.
      - Ah não cara. – Falei nervoso. – Você tirou o dia pra me amolar, só pode. – Gritei pra ele me ouvir.
       - Luan é melhor irmos embora, você vai se arrepender disso depois.
       - Arrepender do que testa? A minha Vitória aqui ó. – Falei beijando minha menina.
       - Essa não é a Vitória Luan. – O testudo enjoado disse e eu analisei a mulher a minha frente. Cheguei um pouco para trás para olhá-la melhor e se o testa não me segurasse tinha ido para o chão. Cocei meu olho várias vezes e vi que a mulher que eu estava aos beijos não era minha menina. – Me dá essa bebida aqui e vamos embora. – Ele saiu me puxando.
      - O que eu fiz meu Deus. – Disse me sentindo um lixo.
      - Calma Luan, nós já vamos pro hotel. – Rober disse despedindo dos caras e Well nos acompanhou.
      Entrei no quarto do hotel. – Quero a Vitória aqui comigo testinha. – Falei me jogando na cama. 
      - Luan, dorme e tenta descansar que amanhã você vai ter um longo dia. – Testa falou algumas coisas, mas nem prestei atenção direito, meus olhos estavam pesados.
  
       Vitória POV

       Acordei cedo e fui para a redação, olhei no celular e nem sinal de vida do Luan. A Bruna havia me mandado mensagem também falando que não conseguiu falar come ele. O que será que ele tava fazendo hein?! As horas foram passando e nada do Luan me dar notícias. Quase no final da tarde consegui terminar minha matéria e enviei para a Patrícia. Fui até a sala dela e avisei que já estava pronta. Quando estava arrumando minhas coisas para ir para a faculdade Juliana se aproximou com um sorrisinho falso no rosto. Hoje não estava de bom humor e se ela viesse com alguma gracinha já cortaria agora.
      - Como vai querida?
      - Estava bem até você se aproximar. – Respondi ríspida terminando de juntar alguns papéis espalhados pela mesa.
      - Seu humor está assim por causa do seu Luanzinho? – Hã? O que ela quis dizer com isso? O que ela sabia do Luan?
      - Não me venha com falsidade, seja direta e fale o que quer logo.
      - Vim te perguntar se você já viu onde seu queridinho passou a noite ontem? – Não, pelo amor de Deus, que não seja o Luan. Ela só quer me tirar do sério, calma Vitória. 

     Capítulo grandão pra vocês \Õ/ Espero que gostem! Tô correndo, volto logo.. Grupo para notificações no face, aqui. Beijinhos <3

domingo, 3 de novembro de 2013

Capítulo 48

     (...)

     Depois de uma despedida toda amorosa entre Luan e sua família, agora era a minha vez de despedir do meu príncipe. Após ficarmos tão unidos, agora nem sabíamos quando nos veríamos novamente, eu teria muito trabalho na redação e não era diferente com o Luan e seus shows.
     - Se cuida e muito juízo ta amor? – Falei e ele gargalhou.
     - Pode deixar, sou muito ajuizado. – Colou nossos corpos e me beijou. Era um beijo com gostinho de saudade e muito amor.
     - Agora eu tenho que ir se não perco meu voo. – Dei um último beijo nele e segui para o saguão do aeroporto. Preferi não ver o avião se distanciar, ainda não me acostumei com essa distancia, e cada despedida era mais dolorosa. Rapidamente anunciaram meu voo e fui para casa.
     Cheguei ao meu apartamento e assim que entrei vi várias cartas que o seu João (porteiro) havia deixado debaixo da porta.
     - Nossa Senhora, parece que fiquei anos fora de casa. – Sentei no sofá e comecei a olhar as cartas, a maioria eram contas, mas uma me chamou atenção. “Enrollment was successful.” (Inscrição efetuada com sucesso). Ué, mas eu não me inscrevi em nada, ainda mais em inglês. Estranhei e abri a carta rapidamente. Cada palavra que eu lia me deixava ainda mais feliz. Quando acabei de ler vi outra carta desconhecida, peguei-a e li curiosa. Então foi minha professora Joana quem havia me indicado para a prova. Liguei rapidamente para Eduarda para contar a novidade, apesar de não estarmos mais estudando juntas, ela sempre torceu para eu conseguir prestar essa prova. Foi a primeira que me apoiou e incentivou.
    - Eduarda! – Não deixei ela nem começar a falar e disparei - Lembra quando conversamos com a Joana sobre eu querer estudar fora? – Ela concordou e eu continuei – Devido as minhas boas notas ela me inscreveu e eu fui uma das escolhidas para prestar a prova pra entrar na New York University, uma das melhores universidades de jornalismo de Nova York. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA grita comigo! – Ela gritou do outro lado. – Não acredito que a Beatriz fez isso. Cara, to muito feliz! – Após ela me dar os parabéns e conversarmos mais um pouco desliguei o telefone e fui tomar um banho para relaxar.
     Era segunda pela tarde, tinha acabado de fechar uma reportagem que a Globo SP tinha pedido para nós. Fiz a pedido da Patrícia, Gustavo estava de mudança para o Rio de Janeiro, ele conseguiu um emprego na Globo de lá e eu tentava um para a Globo de São Paulo.
     Ela disse que se conseguíssemos emplacar essa matéria eu poderia conseguir uma vaga lá, já que alguns reportes estavam sendo mandados para um intercâmbio e a minha outra matéria sobre a carreira do Charlie Brown JR tinha sido um sucesso.
     As semanas se passavam voando, eu não pude mais ir atrás do Luan devido ao grande número de trabalho e provas na faculdade, mas sempre que nossos horários coincidiam conversávamos por mensagem ou telefone. No começo, ele me ligava pela madrugada, assim que acabava seu show, só que eu comecei a ficar muito tempo sem dormir e meu rendimento na faculdade estava caindo, então, passamos a nos falar quando dava pelo dia.
     Como nossos horários não estavam coincidindo, já tínhamos tido algumas discussões. O Luan queria que eu ficasse viajando com ele, por mais que eu quisesse não podia, o semestre na faculdade estava terminando e eu não poderia ficar faltando mais se não seria reprovada. Além do que, se eu conseguisse o emprego na Globo São Paulo iria transferir minha faculdade para a Cásper Líbero (uma das melhores faculdades de jornalismo do Brasil).
     Na comemoração do nosso primeiro mês de namoro, Luan mandou o jatinho vir me buscar e fui pra Londrina com ele. No dia ele tinha show, mas por sorte, era à tarde, depois do show ele foi direto para casa. Eu e Bruna passamos a tarde no shopping e depois fomos tomar sorvete. Tínhamos nos tornado grandes amigas, depois do incidente ela me ligava sempre e trocávamos muitas ideias. Ela era uma menina boa e gentil, conquistava a todos facilmente. Quando o Luan chegou fomos para um restaurante e jantamos juntos, depois passeamos um pouco pela cidade, ele me deu um buquê de rosas, coisa mais linda. Uma pena eu ter tido que ir embora no outro dia pela tarde.
     Depois dessa comemoração nos vimos outras duas vezes, mas foi coisa rápida. Tanto eu quanto ele estávamos cheio de trabalhos e, não estávamos conseguindo conciliar os dias para nos vermos. Quando dava pra um ir o outro não podia e nisso nos distanciamos bastante.

     (...) 20 dias depois do último encontro deles

     - Mais amor.. – Estava conversando com o Luan pelo telefone. - Dá um jeitinho pede pra eles te liberarem. – Já estávamos nessa discussão sobre eu ir pra São Paulo há quase meia hora.
     - Lu, bem que eu queria, mas não dá pra eu viajar agora. – Tentava explicar pra ele, as coisas na redação a cada dia que passava estavam piores ou melhores, dependendo do ponto de vista. Juliana tinha decretado guerra comigo, agora eu quem não estava com saco pra ela. Vivia querendo me prejudicar ali dentro e, após descobrir que eu era fã do Luan me encheu mais ainda. Como eu e ele éramos muito discretos, ninguém sabia do nosso namoro. Algumas pessoas lá da redação desconfiaram que eu tinha um rolo com o Luan, por causa de algumas fotos nossas em festas e outras jantando que saíram em sites, mas não me perguntaram nada. O pessoal que sabia era bem discreto também.  
     - Poxa, vamos completar três meses de namoro e não vamos comemorar? – Não faz isso, por favor. Pedia mentalmente.
      - Amor, não faz assim, por favor. – Pedi manhosa. – Você sabe que eu dava tudo para estar ai pra gente comemorar, mas tenho que terminar uma reportagem importantíssima. – Eu tinha conseguido alavancar minha reportagem sobre a carreira do Charlie Brown JR e, agora estava em experiência com a Globo SP, por isso fiquei cumprindo várias reportagens para eles. Seria a minha chance de mudar para Sampa..  
     - É mais importante que eu?
     - Claro que não né Luan, mas é a minha carreira.
     - Eu sei amor. – Mas que droga, o que custava ele entender.
     - Depois nós comemoramos amor... – Eu estava tentando ser paciente e entender. Eu estava morrendo de saudade, mas não podia largar tudo, é minha carreira que está sendo construída, seria como se eu largasse meu sonho.
     - Depois você faz isso Vitória.
     - Luan seria a mesma coisa que eu pedisse pra você não ir fazer o show e vir pra cá.
     - Claro que não, é diferente. – Poxa, agora ele estava me deixando magoada.
     - Diferente por quê? – Perguntei irritada. – Só porque você é famoso? Achei que você entendesse e respeitasse o meu trabalho.
     - Mas que merda Vitória! – Ele gritou do outro lado. – Não foi isso o que eu quis dizer.
     - Pois é, mas disse né. – Eu tentei ficar calma, mas ele não estava ajudando.
     - Você não vai vir então? – Perguntou ríspido.
     - Luaaaan... Não faz assim, você sabe que se eu pudesse eu estaria ai do seu lado agora, mas dessa vez não vai dar. Vamos marcar, vou ver lá na redação que dia eu posso pegar uma folguinha ai comemoramos, pode ser? – Falei carinhosa.
     - Outro dia já vai ter passado a data para a comemoração Vitória. – Quando ele queria, sabia ser grosso hein. Bufei do outro lado da linha. – Tá bom então Vitória. Boa noite! – Ele foi frio e não esperou eu responder, desligou o telefone na minha cara.
    - Luan?! – Não acredito! Tentei ligar pra ele e o telefone só dava desligado. Que droga! Estava explodindo de raiva e ainda teria que passar a noite acordada para terminar minha reportagem. 

    Outro capítulo para as melhores leitoras do neverso hehehe \Õ/ Elaaaia, Luan pisou na bola hein.. Guri manhoso e possessivo u.u Eu ia ficar muito braba se ele fizesse isso comigo.. Grupo para notificações no face, aqui. Volto logo.. beijos <3