Os dias passavam se arrastando, tudo
parecia ter perdido o sentido. Eu trabalhava e tentava adiantar minhas coisas
para poder ficar mais tempo com o Luan. Agora que não tinha mais Luan, pra que
eu iria fazer tudo rapidamente? Não tinha ninguém me esperando. E, assim, se
passou todo o final de novembro e começo de dezembro. Até que enfim, as
esperadas férias chegaram. Comprei minhas passagens e embarquei rumo à São
Paulo. Passaria o final de ano com meus pais.
Pousei e nem
foi preciso pedir um táxi, meu pai já estava no aeroporto me esperando. Nos
abraçamos e pude perceber que ele estava preocupado comigo. O caminho inteiro
ele foi perguntando como eu estava, se tinha conseguido passar direto, se eu já
ficaria de vez com eles. Ficamos cerca de uma hora e meia no engarrafamento.
Meu pai fazia algumas palhaçadas para me distrair e decidiu ligar a rádio, para
a minha infelicidade tocava Luan.
- Desculpa
filha. – Ele disse e levou a mão para o rádio, para mudar a sintonia.
- Tudo bem
pai. Pode deixar tocando. – Forcei um sorriso. – Eu ainda gosto de ouvi-lo
cantar.
- Você quem
sabe. – Ele pegou minha mão e apertou. Fechei os olhos e me entreguei a canção.
“Eu
vou pedir ao sol
Pra iluminar nosso caminho
E todas as estrelas pra enfeitar nosso destino
Me leve aonde for, segure a minha mão
Pois sei que você vai ser a minha direção
A gente é assim
Temos tanta coisa em comum
Você tem marca em mim, e pra você
não sou mais um
Assim é nosso amor, tão forte
como a noite
Perfeito como o dia
Eu vou subir nas nuvens pra
desenhar o teu sorriso
E, no azul do céu, vou ver os
seus olhos brilhando
E, em meio às estrelas, fico
flutuando
Em minhas digitais já tem um
pouco de você
Eu sigo os seus sinais, assim
nunca vou te perder
É incondicional, você tem a forma
exata pra me prender
Em você”
Comecei
a cantar junto com a música e pouco tempo depois já estava em prantos. Meu pai
viu que eu chorava e desligou a música, sem ela ter acabado. Não falei nada,
apenas continuei cantando silenciosamente e me lembrando dele. Depois de
algumas horas conseguimos chegar em casa. Minha mãe me encheu de perguntas,
entre elas, algumas reclamações do tipo “Você não está se alimentando direito
né?”, meu pai concordou com ela e disse que eu estava muito magra. Pronto, era
o que me faltava. Agora os dois iriam ficar me vigiando.
Bruna
me ligou quase nove horas da noite, disse que agora ela estava morando em São
Paulo devido suas aulas de teatro na escola Wolf Maia. Como eu já havia dito
que estaria em Sampa, ela me chamou para sair com ela e alguns amigos. Eu não
queria sair, mas ela insistiu tanto que não tive como negar.
A
noite foi divertidíssima, as amigas da Bruna eram lindas e gentis, conversávamos
como se nos conhecêssemos a décadas. Eu e Bruna, bebemos um pouco além da conta,
no táxi enquanto voltávamos, fomos cantando parecendo duas loucas. Depois a Bruna
me chamou para dormir na casa dela, eu liguei para os meus pais avisando que
ficaria no apê com ela e pousamos por lá mesmo.
-
Mais uma rodada de vodca pra fechar a noite com chave de ouro? – A Bruna
propôs.
-
Vambora que eu to precisando afogar minhas mágoas. – Concordei, apesar de já
estar louquinha com a bebida. Pelo menos estávamos protegidas dentro do
apartamento.
- Vou pegar a
vodca, você pega os copos cunha? – Ela me pediu jogando as sandálias pelo
caminho. – Opsssss.. Desculpa Vic. – Virou com a carinha tristonha.
- Vamos beber
Bruna. – Propus não querendo tocar no assunto. Ficamos bebendo até amanhecer,
quando vimos tínhamos virado a garrafa inteira. A casa estava uma loucura,
ligamos o som, não muito alto por ser apartamento, mas nos divertimos bastante.
Não me lembro de como, mas quando eu acordei, estava deitada na cama junto com
a Bruna, cada uma para um lado e nós duas com a mesma roupa que fomos à balada.
Passamos a
tarde juntas, fizemos brigadeiro e comemos muito. Depois de prometer para a
Bruna que nos veríamos mais vezes, voltei para a casa dos meus pais.
Luan POV
Já era
dezembro e minha rotina estava a mesma, shows, visita nas rádios e ver meus
fãs, que ultimamente, eram a minha única alegria. Eu estava em um hotel no Rio
de Janeiro, eram quase cinco da manhã e eu não tinha dormido ainda. Meu
pensamento estava com ela, minha menina. O que será que ela estava fazendo?
Peguei meu caderno e comecei a anotar algumas frases soltas, peguei o violão e
tentei encaixar as frases em alguma melodia. Depois de dois dias eu tinha
conseguido terminar a música, mostrei para o pessoal da banda que adoraram e
decidi que iria gravá-la.
Sai algumas
vezes com o pessoal da banda, mas não bebia nada e depois que tinha terminado,
não tinha ficado com nenhuma outra mulher. Eu sentia atração por algumas que
chegavam até mim, mas sabe quando você vê e não consegue continuar? Era assim
que eu me sentia. Tudo que eu fazia, eu pensava nela, fazia por ela, mesmo
sabendo que ela não veria. As músicas nos shows, eu queria dedicar todas a
ela.
Vez ou outra
a Bruna me falava como ela estava, apesar de eu sempre perguntar. A piroca
dizia que era melhor eu não ficar me martirizando. Rober tentava me animar, mas
nada que ele fazia conseguia. Estava em um churrasco na casa do Sorocaba,
tocando umas modas quando meu telefone tocou. Levantei e fui atender ele em um
lugar mais calmo, onde não tivesse tanto barulho.
– Oi Bruna. ~~ silêncio ~~ Não acredito!
Sério? ~~ silêncio ~~ E como é que ela ta? ~~ silêncio ~~ Vocês beberam? ~~
silêncio ~~ Tá bom piroca... ~~ silêncio ~~ Você já sabe como vai fazer isso?
~~ silêncio ~~ Você é uma gênia Bru. ~~ silêncio ~~ Eu sei, pode deixar o resto
comigo. Fico te devendo uma pi.
Cheguei!! Nem demorei estão vendo só? UASHUAHUHSUAHAUSH Espero que gostem do capítulo e mais ainda, que gostem do que eu estou planejando para a fanfic. Vocês vão se surpreender, eu espero né hihihi :3 COMENTEM, POR FAVOR! Grupo para notificações no face, aqui. Beijinhos e volto logo.