Capítulo 29

Assim que abri os olhos me assustei com Luan me encarando. Ele sorria e deixava amostra aquelas covinhas mais lindas, soltou uma risada gostosa e disse:

- Sou tão feio assim pra você se assustar? – Levantou uma sobrancelha dando um ar de seriedade para a pergunta.

- Óbvio que não né Lu. – Disse rapidamente me sentando na cama. – É que por um momento pensei que tudo não se passava de mais um sonho meu. – Encarei-o séria.

- Não é sonho não. Quer ver?! – Se aproximou de mim, mas imediatamente afastei me levantando e ele me olhou confuso.

- Preciso escovar meus dentes. – Falei como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Notei que ele me encarava com uma cara sapeca, olhei para meu corpo e só então percebi que eu estava nua em sua frente. – Ai meu Deus, que vergonha. – Peguei apressadamente o lençol que estava sobre a cama para me cobrir e fui em direção ao banheiro.

- Ô muié! Não tem nada ai que eu já não tenha visto. – Ele disse me fazendo encará-lo novamente, tenho completa convicção que eu já estava roxa de tanta vergonha.

- Eu.. Eu sei Luan! – Falei completamente sem jeito. – Espera um pouco. – Praticamente gritei entrando rapidamente no banheiro arrancando gargalhadas do Luan.

- Vou pedir nosso café. – Ele gritou de volta.

Luan pediu coisas simples e gostosas. Tomamos café trocando olhares, carícias e conversando sobre nosso trabalho, minha faculdade e sobre os fãs. Depois de comermos tudo que havia na mesa do café, fomos assistir a um filme de terror. Eu preferia o de comédia, mas o Lu insistiu que víssemos esse outro. Assim que o filme começou me arrependi amargamente de deixá-lo escolher, o filme era praticamente um massacre. 

- Ai. – Gritei pela milésima vez me assustando com o que via na tevê. – Luan para de rir poxa, você coloca esses filmes violentos, mas não presta atenção né? Fica só ai me olhando e rindo. – Ele só sabia rir de mim, não tenho culpa se não gosto de filmes tão terroristas assim. Se fosse legal ao menos, mas nem isso, só tinha morte, morte, e só mais um pouquinho de morte.

- Tá bem, você venceu. Vou tirar esse filme. – Ele jogou as mãos para o céu fazendo sinal de rendição.

- Muito obrigada. – Disse aliviada. – A próxima morte que tivesse eu juro que teria que correr pro banheiro. Qual a necessidade de mostrarem as tripas, cérebro de uma pessoa? – Fiz careta lembrando e arrancando risada do Luan.

- Então, o que a gente vai fazer agora? – Ele me olhou com uma cara lerda. 

- O que você sugere? – Perguntei inocentemente.

- Que tal... assim.. nós irmos para a cama... conversar um pouco. – Ele falava se intercalando beijos por todo meu rosto. Aquilo era uma tortura deliciosa.

- Acho.. justo.. meu.. amor.. – Disse respondendo aos seus beijos. Nisso ele já me puxou, me deitou na cama e começou a me beijar.

(...)

Depois de tomarmos um banho, decidimos que iríamos sair para jantar no último andar, iríamos ver as estrelas e curtir um pouquinho a noite. A cidade era pequena, e o hotel liberou só para nós, ~~ Luan Santana é outro nível né galera ~~. Quando o Luan estava acabando de se arrumar para subirmos, o telefone dele tocou, ele fez careta ao atender.

- Alô! ~~ silêncio ~~ Oi Arleyde, eu to e você? ~~ silêncio ~~ Ah não sério? ~~ silêncio ~~ Pôw você não pode deixar isso para outro dia? Ou você mesma resolver? ~~ silêncio ~~ Merda!! ~~ silêncio ~~ Não é com você não, foi mal.

Eu o olhava tentando decifrar aquela conversa, mas pelo visto ele teria que ir embora. Merda, merda, merda! Mil vezes merda! Eu estava profundamente triste por dentro, mas mantive minha posição séria, fingindo não me preocupar com a conversa que ele estava tendo com sua assessora.

- Ok, que horas o bicuço chega? – Ele fez carinha de “desculpa” e me olhava, eu apenas assenti. – Tchau. – Desligou vindo em minha direção e se sentando ao meu lado na cama. – É.. ér.. – Começou a mexer nas mãos e nos cabelos, eu percebendo seu nervosismo ri e continuei por ele.

- Você vai ter que ir embora? – Fiz careta.

- Sim, a Arleyde disse que eu tenho que fazer uma entrevista com uma rádio lá do Rio. Desculpa, vou ter que ir embora daqui a pouco.

Suspirei. – Tudo bem. – Forcei um sorriso.

- Não faz assim se não eu não vou. – Ele me puxou para um abraço.

- Quando eu vou te ver de novo?

- Quando você quiser. – Sorriu.

- Então vai ser todo dia. – Sorri de volta, fazendo-o soltar uma gargalhada gostosa. – Quando der eu prometo que vou te ver, quando você fizer algum show em São Paulo eu vou, já que meus pais estão morando lá agora.

- Vou esperar ansiosamente por isso. Depois tenho que ver quando faço show lá. – Ele segurou minha mão e olhou nos meus olhos. – Agora eu tenho que ir, mas não fica triste não ta? Você vai ficar aqui ou vai voltar pra sua cidade? – Perguntou preocupado.

- Eu não sei. Agora acho que vou voltar pra lá, ficar fazendo o que sozinha? – Fiz bico. – Preciso arrumar um companheiro. – Ele me olhou com uma cara assustada e eu logo emendei. – Brincadeirinha, queria você.. – Ele foi me interromper, mas eu tapei sua boca. – Eu sei, eu sei príncipe. Fica tranquilo, eu entendo. – Sorri confiante.

- Acho bom você não arrumar nenhum companheiro, se não você vai me ver muito brabo. – Ele fez cara de mal, awwwwwwwn quero morder :3 E foi isso que eu fiz, mordi o seu “beicinho”. – Ai, ai muié. – Ele riu. – Vamo comigo no bicuço então? Eu te deixo lá.

- Não precisa Lu, vou de ônibus amanhã. – Não queria incomodar e atrapalhar a viagem dele.

- Claro que precisa, vai viajar sozinha? Não senhora, vamo comigo. Arruma suas coisas que daqui meia hora nóis tamo saindo. – Disse autoritariamente não dando tempo de recusar. Arrumei rapidamente minhas coisas, troquei de roupa e fomos de táxi até o aeroporto da cidade vizinha, demoraram uns quarenta minutos para chegarmos lá. Não tinha fãs, pois elas achavam que ele já tinha ido embora, então foi tranquilo para eu entrar no avião.

Por dentro era tudo lindo e arrumado, eu estava imensamente feliz por ver de perto aquilo que sempre via pela tevê. Sentamos e quando o avião começou a levantar voo o Luan segurou e apertou minha mão, lembrei do dia em que ele passou por uma turbulência e quase morreu, apertei os olhos e balancei a cabeça negativamente tentando tirar aqueles pensamentos ruins.  Ele me olhou com um olhar de interrogação, certamente querendo saber o que eu pensava, apenas sorri, sinalizando não querer falar sobre o assunto e ele compreendeu, pois não perguntou nada. Rapidamente chegamos na minha cidade.

- Então essa é a hora que você vai embora? – Perguntei fazendo bico e ele sorriu.

- Já disse que logo nós iremos nos ver de novo. – Me abraçou afagando meus cabelos.

- Assim espero, já estou morrendo de saudades. – O apertei e senti uma lágrima descendo nos meus olhos.

- Não fica assim, por favor. – Ele segurou meu rosto e me fez olhar nos seus olhos. – Eu prometo, escutou? Prometo que vou dar um jeito de nos vermos logo. – Selou meus lábios. – Agora eu tenho que ir. Beijo e fica com Deus ta? E ó, é pra me ligar e mandar mensagem todo dia ta? Quero saber das suas entrevistas e tudo mais. Minha jornalista preferida. – Sorri e fui indo em direção à saída do avião, ele não desceria para não correr risco de ser visto.

- Fica com Deus meu anjo. Eu te amo! – Mandei beijo pra ele e desci. Agora eu estava voltando para minha vida normal, sem Luan, sem “felicidade”, sem meus pais, amigos e sozinha no meio de cobras. Essa foi à vida que eu escolhi e tenho por obrigação aceitar as consequências da minha escolha.

Chegueeeeeei \Õ/ Dessa vez custou atingir a meta hein? Elaaaaia.. Ana meu anjinho, a menina que me ajudou a escrever não é da minha família, é uma luanete também hahahhahahaha Maaaas, tenho (tinha, ele já se foi, infelizmente.) um tio que era escritor.. Enfim, qualquer dia conto pra vocês.. Amores espero que gostem, já passou da meia noite, mas cheguei tarde em casa kkkkk Posto o próximo depois de 6 comentários. Grupo para notificações no face, aqui. Beijinhos e até logo.