terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Capítulo 60

- Você está tão linda! – Luan me rodopiou e me abraçou.
- A Bruna que aprontou isso. – Ri lembrando o esforço dela pra me convencer, o que cócegas não são capazes de fazer.
- Eu sei, nós combinamos tudo. – Ele riu com a cara safada.
- Vocês são demais mesmo.
- Ainda bem que você foi muié. Não aguentava mais, queria logo poder cantar a moda que compus procê. – Ele falou com aquele jeitinho mais caipira dele.
- Eu amei! Você é lindo, prín. – Nos beijamos novamente. 
- Vitória você aceita voltar a namorar esse homem burro?
- É claro que eu aceito! – Pulei nos seus braços. – O burro mais lindo do “neverso”. – Caímos na risada. Estávamos felizes e loucamente apaixonados.
A noite foi como um desabafo. Tanto ele quanto eu nos entregamos intensamente, cada segundo que nos amamos foi uma alegria diferente. Sussurrávamos expressões clichês entre duas pessoas que se amam como, “eu te amo”, “você é a melhor coisa que poderia acontecer na minha vida”, e foi nesse clima que dormimos aninhados um ao outro. Sentindo a respiração aliviada de ambos. 
 Acordei e vi que ele não estava mais ao meu lado. Resolvi voltar a dormir, eu estava exausta e cada minuto de descanso seria bom para me recuperar. Quando estava adormecendo novamente senti um arrepio. Luan beijava meu pescoço e mordiscava minha orelha, ouvi seu risinho e me virei para encará-lo.
- Isso é maldade. – Fiz bico.
- Não vejo nada demais. – Ele se fez de desentendido. – Olha o que eu pedi para nós. – Mostrou a bandeja com um café da manhã reforçado, cheio de frutas, pães, mel, suco e leite.
- Hmm, o cheiro está maravilhoso. – Senti água na boca, estava faminta. – Vou escovar e já venho comer. – Levantei depressa e fui ao banheiro fazer minha higiene. O café foi maravilhoso, Luan estava me mimando e eu estava adorando. Comemos entre risadas e carinhos, com direito a muito mel e beijo na boca. Depois de tomarmos café me arrumei para voltar pra casa dos meus pais.
- Você tem certeza que não quer ir comigo? – Ele pediu com aquele jeitinho manhoso dele.
- Eu prefiro ir pra casa, conversar com meus pais. – Fiz careta. – Eles ainda estão muito bravos com você. – Desviei o olhar.
- É eu mereço. – Ele falou baixinho. – Vai conversa com eles, que semana que vem, quando eu voltar dos shows vou falar com eles e convidá-los pra passar o natal lá em Londrina com a gente.
- A gente? Não recebi convite nenhum. – Fiz graça.
- Você não precisa de convite, já é intimada a participar. – Ele acariciou meu rosto. – Vai ser demais ter você comigo. – Me beijou delicadamente, me causando as mais diversas sensações. Não sabia como, mas ele conseguia me trazer uma tranquilidade e paz, mesmo sem fazer nada. Bastava um toque para que eu me derretesse e me entregasse inteiramente a ele. Depois de nos despedirmos com muito esforço ele me deixou partir, não antes de prometer ligar pra ele todos os dias.    
Quando cheguei em casa, imaginava a bronca que levaria por não ter avisado que dormiria fora. Mas, para a minha surpresa, a Bruna tinha avisado que tínhamos saído e que eu dormiria com ela. Ainda bem que ela não falou nada sobre o Luan, eu mesma teria que conversar com eles. Após o acontecido, eles ficaram muito bravos com a atitude do Luan, por ele ter me feito sofrer, e por verem que eu sou tão dependente dele. Cheguei em casa e fui tomar banho, assim que sai, minha mãe perguntou o que tinha acontecido por eu estar tão feliz e falei que a noite conversaria melhor com ela, a sós.
Luan foi cumprir sua agenda, teria algumas rádios para visitar pela tarde e após terminar os compromissos seguia para mais alguns shows em cidades próximas. Ele me chamou para acompanhá-lo, mas preferi não ir. Minha prioridade era esclarecer as coisas com meus pais.

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