domingo, 12 de janeiro de 2014

Capítulo 63

Acordei me sentindo leve e animada. Meus pais estavam tomando café e eu os acompanhei. Depois, resolvi ir ao parque fazer uma caminhada. Coloquei uma roupa leve, macacão de ginástica, uma saia por cima – aquelas que usamos em academia para não mostrar as “partes” rs – e um tênis. Fiz um rabo de cavalo no meu cabelo e passei só um lápis e rímel, indispensáveis em qualquer ocasião. Peguei meu celular e os fones de ouvido e fui caminhar. Depois de andar cerca de uma hora, senti uma tontura e me sentei na calçada.
- Moça você está passando mal? – Uma voz doce perguntou se agaixando ao meu lado. - Precisa de ajuda?
- Não, está tudo bem. Foi só uma tontura. – Sorri amarelo.
- Tem certeza? – Arqueou a sobrancelha. Mais o que é isso, será que todo mundo tinha essa mania de arquear a sobrancelha pra mim? – Podemos ir ao posto médico que fica a duas quadras daqui. – A mulher que aparentava ter idade para ser minha mãe era bem prestativa e persistente.
- Muito obrigada, senhora... ?
- Cecília. – Ela sorriu e me entregou um copo d’água. – Já que insiste dizer que está bem, se hidrate um pouco. Esse sol está muito quente, faz um mal danado.
- Obrigada dona Cecília. – Bebi a água e entreguei o copo a ela. – Agora já estou bem melhor. Vou para casa descansar um pouco. – Levantei e agradeci novamente.
- Se cuida minha jovem. – Ela acenou de longe. Fui caminhando devagar para casa, era a segunda vez que eu havia ficado tonta. Provavelmente era esse calor insuportável, sempre adorei o verão, mas o tempo está muito quente.
- Se for pra eu ficar passando mal, que chegue logo o inverno! – Pensei alto demais. O porteiro abriu o portão do prédio para que eu pudesse entrar e ficou me olhando torto. - Será que é proibido falar sozinha? – Entrei no elevador resmungando.
Após tomar um banho quente relaxante – sim, mesmo com o calor de raxar, eu AMO tomar banho quente, fico tão calma – fui ajudar minha mãe com o almoço. Pela tarde terminei de montar meu currículo e mandar para algumas empresas de São Paulo. Pelo resto da semana foi a mesma coisa, academia, leitura, falar horas pelo celular com o Luan, conversar com a minha mãe e dormir. Nunca aproveitei tanto umas férias, dormi o sono do ano inteiro, em uma semana.
Finalmente o tão esperado domingo chegou, eu não sabia se estava mais ansiosa para rever o meu Luan, ou nervosa por saber que meu pai e ele conversariam.
- Mãe, você não acha que ele ta demorando demais não? – Perguntei mais uma vez para a minha mãe. Pra mim, a demora do Luan só tinha uma explicação: ele tinha desistido de vir.
- Calma filha, meu Deus do céu, que ansiedade. – Minha mãe bufou como se estivesse cansada de ouvir minhas lamentações. – Você vai raxar o piso de tanto andar pra lá e pra cá. – Reclamou.
- Poxa, só estou ansiosa. – Fiz bico. – Já era pra ele estar aqui – olhei no relógio – não, ainda não era pra ele estar aqui. Mas o que custava ele ligar falando que ia chegar na hora ou que já estava na cidade? – Sentei no sofá em uma tentativa inútil de me acalmar. Peguei algumas revistas que estavam em cima da mesa de centro e comecei a folheá-las. Por fim, cansada de olhar figuras, coloquei-as no lugar e voltei a andar de um lado para o outro.
- Liga pra ele. – Depois de uns 10 minutos, minha mãe gritou da cozinha me despertando dos meus pensamentos.
- O quê? – Perguntei confusa.
- Liga pra ele ué. – Ela apareceu com um pano de prato no ombro e mexendo em uma massa. Fiquei analisando-a e ela tacou o pano na minha cara. – Mas ôo gente, acorda! Liga pro Luan menina! Você não tá ai que não se guenta nesse sofá.
- Não mãe tá doida? Ele vai achar que eu sou uma psicomaníaca... – Falei me jogando toda desengonçada no sofá, bagunçando meu cabelo e vestido. – Vou ler meu livro, se ele não vier vai ser isso que ficarei fazendo mesmo. – Falei fazendo drama. Minha mãe, como ótima incentivadora que é, concordou rindo e foi para a cozinha. Meu pai, até agora não tinha saído do quarto, pensei em ir até ele para conversarmos, mas o medo foi maior e resolvi ficar onde estava.
- Rose vem aqui em cima. - Escutei meu pai chamar pela minha mãe. Quando ia atrás dela para ouvir o que ele queria, ela me viu e me mandou voltar e ficar quieta na sala. Droga! odiava ficar curiosa.

O tempo foi passando e nada do Luan chegar. Marcamos às 19h30, já passava das 20h15 e nem sinal, ligação, mensagem. Consegui ler dois capítulos do meu livro, retoquei minha maquiagem, fiz xixi umas duas vezes, me xinguei mentalmente por confiar em homem, e quando finalmente tinha aceitado que o Luan não viria mais, a campainha tocou.

Demorei, mas tô aqui Õ/ E ai, o que estão achando? COMENTEM, obrigada, de nada u.u Aproveitem que amanhã (ou melhor, hoje, já passou da 00h, tem Luan apresentando o programa Sai do Chão! Tô looouca pra ver 1h só de Luan e cia... Só acho que deveria ser a tarde toda u.u kkkkkkkkkkkkk Ia ser daora :p Estão gostando da história? Clica no G+1 que tem aqui em baixo e ajude a fic crescer. Grupo para notificações no face, aqui. Beijinhos e volto logo.

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