Vitória POV
Eu não sabia o
que eles tinham conversado, mas pela expressão de ambos, tudo correu bem. Me
sentia aliviada por isso, eu amava aqueles dois homens e ter que escolher entre
eles era uma coisa que eu nunca daria conta de fazer. O jantar seguiu
tranquilo, minha mãe havia preparado uma comida simples, arroz, batata frita,
frango com quiabo e escondidinho de carne seca. Dei a dica do frango com quiabo
para o Luan, que amava.
- Uai amor,
não vai comer o frango com quiabo que sua mãe fez? – Luan perguntou se sentindo
em casa, com seu jeitinho fofo e descontraído. Fiz careta e ele riu. – Não
gosta de quiabo né? – Assenti com a cabeça.
- Essa menina
sempre deu trabalho pra comer verdura, não é mesmo Rose? – Meu pai agora falava
docemente. Ele contou das brigas que tínhamos por eu não comer verduras e
legumes, o que fez Luan rir e me dar bronca, dizendo que além de ser bom para
saúde, fazia bem pra pele.
- Era só o que
me faltava – cruzei os braços – além dos meus pais me amolando por causa de
comida, o senhor também vai ficar no meu pé? – Arqueei a sobrancelha.
- Pode ficar
mesmo Luan, ela é teimosa como uma porta.
- Mãaaaaaae! –
A repreendi e todos riram.
- Pode deixar
que eu domo a fera dona Rose. – Luan piscou para mim e todos cairam na risada.
Eu estava
feliz porque estava tudo certo entre nós, imaginei um jantar sério, com meu pai
bravo e implicando com o Luan, mas o que acontecia era completamente diferente.
Eles estavam se dando bem e faziam piada de tudo. Pareciam a vontade, e aquilo
fez com que eu ficasse mais a vontade e curtisse aquele momento com as pessoas
que mais amo na vida. Depois de comermos a sobremesa – mousse de maracujá –
sentamos no sofá e ficamos conversando.
- Dona Rose,
seu Marcos, quero fazer um convite a vocês. – Luan disse se ajeitando no sofá e
fazendo aquela cara fofa de sempre. – Quero convidá-los para passar o natal
comigo e com a minha família em Londrina. – Ele sorriu e meus pais se
assustaram com o convite repentino.
Meu pai me
olhou e eu fiz cara inocente, como se não soubesse de nada. – Mas já está tão
em cima da hora, o natal é terça, já estamos no domingo. Teria que ter me
falado antes, precisaríamos olhar as passagens e ver alguma que estivesse em
promoção.. – Meu pai foi falando e minha mãe o cutucou que o fez soltar um pequeno
grito de dor. Eu coloquei a mão no meu rosto para tampar a vergonha que eu
estava sentindo. O Luan faz um convite e meu pai vem falar de promoção de
passagem. É demais para mim. Lu pegou minha mão e apertou sorrindo.
- Relaxa
sogrão... ops.. Marcos – meu pai riu e não disse nada – eu já pensei em tudo.
Podemos ir amanhã pela manhã no meu jatinho, vocês dormem lá em casa. É grande
e espaçosa, cabe todo mundo, e se não couber a gente vai pra chácara. – Ele
falava animado, como se estivesse saído na frente. Se mostrando o espertão. Eu
o olhava e ria do seu jeitinho caipira e humilde que a cada dia me encantava
mais.
- É uma ótima
ideia! – Por fim resolvi falar, precisava fazer uma pressão, ou então não
sairíamos daquele empasse. - Vamos pai.. por favor? – Pedi manhosa. – Nós
iríamos ficar em casa mesmo. Vai ser legal.
Meu pai olhou
para minha mãe que assentiu, como se desse a permissão que precisávamos para
aceitar o convite. – Tudo bem, vocês venceram. Nós vamos!
- Aêeee! –
Falei animada e abracei o Luan, e logo que vi que meus pais me encaravam
discretamente, mas ainda encaravam, me soltei dos braços de Luan.
- Que horas
partimos? – Minha mãe perguntou, também animada.
- Às 10h, pode
ser? – Luan falou.
- Está ótimo.
– Ela bateu as mãos e chamou meu pai para ir arrumar as malas. – Quer que eu
arrume as suas minha filha?
- É..ér.. as
minhas já estão prontas, mamãe. – Disse receosa. Fiz uma cara de ‘Não briga
comigo!’. Meu pai me olhou e deu um leve sorriso. Os dois despediram de Luan e
foram para seu quarto. Eu e Luan namoramos por mais algum tempo ali na sala.
- Não foi tão
difícil assim, foi? – Perguntei delicadamente, enquanto passava o dedo pelo
rosto do meu anjo. Eu adorava fazer isso, ele sentia um pouco de cócegas e
arrepios, fazia caretas e eu me perdia no seu rosto.
- Me sai
melhor que o esperado. – Ele sorria.
- Agora me
conta, o que o papai disse pra você. – Disparei curiosa.
- Conversa de
homens pequena. – Selou nossos lábios e eu franzi o cenho.
- Vai mesmo me
deixar curiosa? – Fiz manha.
- Ele apoia o
nosso namoro, isso é o que importa. – Falou por fim e iniciamos um beijo calmo
e apaixonado. – Agora é melhor eu ir embora. Se continuarmos assim, não me
responsabilizo pelos meus atos. – Falou baixo e eu ri.
- Fica mais um
pouco. – Pedi mordendo seu lábio inferior, o fazendo soltar um gemido baixo.
- Amanhã
matamos a nossa saudade pequena. – Ele disse após mais um beijo quente. – Busco
vocês às 9h30, tudo bem? – Assenti e nos beijamos pela última vez aquela noite.
- Eu amo você!
– Falei e soltei um beijo no ar.
- Eu também
amo você, Vitória! – Ele piscou para mim e entrou no elevador. Apenas mais
algumas horas Vitória. Algumas horas! Repetia para mim mesma, não me aguentando
de saudade. Estava ansiosa para matar a vontade de tê-lo pra mim, só meu.
Assim, seria legal se vocês comentassem. Só acho u.u Está gostando? Clica no g+1 que tem logo aqui em baixo e ajude a fanfic crescer. Grupo para notificações no face, aqui. Um beijo e volto logo <3
Continua. Perfeito
ResponderExcluirLari
Continua
ResponderExcluir@dan_uzumake