quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Capítulo 65

LUAN POV

- Então Luan San... Luan – o seu Marcos se corrigiu – vamos direto ao ponto. – Assenti com a cabeça. - O que você quer com a minha filha?
- Primeiramente seu Marcos – fui interrompido.
- Pode me chamar só de Marcos. – Ele manteve o olhar sério e frio. Eita rapaiz, aquilo seria pior do que eu imaginava.
- Então Marcos, eu gosto muito da sua filha. Ela me conquistou pelo seu jeitinho, estou apaixonado por ela. – Tentei descrever o que eu sentia sem me expor.
- Paixão... paixão. – Ele levantou os braços. – Vocês jovens só pensam nisso. Sabia que paixão é um sentimento que acaba do mesmo jeito que começa, rápido e repentinamente? – Arqueou uma sobrancelha para mim, conferindo se eu estava mesmo prestando atenção nele.
- O nosso relacionamento já passou há algum tempo de paixão... – Mexia meus dedos nervoso. – Eu amo a sua filha. – Marcos continuava me encarando, tomei coragem e repeti. – Eu amo a Vitória.
- Então porque a traiu? – Ele foi ríspido, parecia que tinha mágoa pelo sofrimento da filha. É compreensível um pai tomar as dores do filho, minha mãe fez isso quando a Julia, uma antiga namorada, me traiu. Afastei meus pensamentos e foquei na conversa com ele, que me encarava sério.
- Foi um momento de fraqueza. – Admiti. – Nós brigamos, eu bebi  além da conta e a via em todas as mulheres da boate. Uma era idêntica a ela, então, num impulso eu a beijei. – Encarei o chão, não sabia direito o porque, mas sentia necessidade em me abrir para ele. – Mas foi só isso, depois que eu recuperei o sentido fui embora. Só que o senhor sabe, fotografaram  por eu ser famoso e não tive tempo de me explicar com ela. – Me ajeitei no sofá. – Depois que ela terminou comigo eu sofri muito, e tenho certeza de que ela sofreu também. Eu me encantei pelo jeitinho dela, carinhosa, meiga, gentil, decidida....
Fui interrompido pelo tom áspero na voz do meu sogro. – Eu já sei das qualidades da minha filha, não precisa enumerá-las só para querer me impressionar.
Engoli seco. O véio difícil de dobrar... Eu aqui abrindo o meu coração pra ele, e ele pouco acreditou, espera uma brecha pra me atacar. Decidido, resolvi continuar. - O senhor pode não acreditar, mas eu amo a Vitória com todas as minhas forças. – Cerrei o punho. – Eu fui um idiota e sofri muito por isso. Mas esse sofrimento serviu para que coisas boas acontecessem.. – Sorri de canto e o Marcos franziu a testa.
- Coisas boas? Tipo o quê? – Perguntou curioso.
- Ahhh foi um tempo bom para eu refletir o que sinto pela Vitória, para compor... – lembrei da música que fiz para ela e sorri. Pela primeira vez seu Marcos mudou seu semblante e pude notar um pequeno sorriso se formar em sua face.
- Qualquer dia quero ouvir a música que compôs para a minha filha.
- Pode deixar, depois marcamos algo.
- Então, depois dessa nossa conversa quero que fique claro uma coisa meu rapaz. – Me encarou e eu fiquei sério para prestar atenção em tudo que ele dizia. -  A minha filha é a minha princesa, eu apoio esse namoro, mas se você machucá-la novamente, e eu ver a minha menina mal e sem ânimo como ela ficou, saiba que eu mesmo irei acertar as contas com você. – Ele apontou o dedo pra mim e por um momento eu tive medo. Não no sentido de eu fazer algo de errado, pois já tinha feito a minha escolha. E a Vitória era a escolha certa, ela não merecia o que fiz e prometi a mim mesmo que nunca mais a machucaria.
- Pode ficar tranquilo seu Marcos. No que depender de mim a Vitória será a mulher mais feliz desse mundo. – Falei convicto e ele sorriu, estendendo a mão para que formalizássemos nossa conversa.
- É isso que eu espero. – Demos o mesmo aperto de mão, forte, como quando nos cumprimentamos. A diferença, era que agora, todos os pingos estavam nos ‘is’.
Acho que os pais da Vitória tinham combinado essa conversa antes do jantar, porque foi só encerrarmos nossas ‘divergências’ que a dona Rose nos chamou para comermos. Estava aliviado por ter conseguido dizer tudo o que queria para o pai da minha pequena. Era necessário termos essa conversa esclarecedora, não queria que ficasse qualquer sombra de dúvidas do meu amor pela Vic. Por falar nela, assim que nossos olhares se cruzaram pude sentir o quanto ela estava tensa e aflita. Sorri tentando acalmá-la, aposto que ficou pensando mil e uma coisas horríveis que aconteceriam esta noite.
- Bom, ao menos metade da noite se foi e eu estou vivo, ainda. – Sussurrei no ouvido dela que me levava para a sala de jantar. Ela soltou um riso nervoso e então a puxei, fazendo com que me encarasse. – Eu te amo. – Falei um pouco mais alto agora e depositei um beijo em sua testa. Ouvi o seu suspiro aliviado e nos sentamos para jantar.

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