sábado, 3 de agosto de 2013

Capítulo 2

Faltam dois dias para a gravação do DVD. Oh céus, como eu desejava estar lá! Presenciar esse momento único e inesquecível perto do meu anjo. Argh!! Por que as coisas tem que ser tão complicadas? Eu não poderia simplesmente largar tudo e sair correndo esse Brasil afora atrás do meu amor, mesmo sabendo que isso me daria uma felicidade imensa.
Estava fazendo uma noite linda, céu repleto de estrelas com a lua cheia, adorava ficar na janela do meu quarto olhando-as. Só de imaginar que ele também poderia estar olhando na mesma direção meu coração já pulsava mais forte, sentia borboletas no estômago. Eu sei, já passei dessa fase de sonhar com meu príncipe encantado, mas a cada dia que passa eu me apaixono mais por ele. As coisas fluem tão naturalmente que quando eu percebo estou pensando e me imaginando ao seu lado.  
Finalmente amanheceu aquela foi mais uma noite que passei imaginando como ele estaria ansioso para que tudo saísse como planejado na gravação do DVD. Acordei tarde, fui ao banheiro tomei um banho quente e escovei meus dentes. Fui tomar café, minha mãe havia ido ao supermercado e meu pai já estava no serviço. Como sempre, mais uma manhã sozinha.
Liguei o som e apertei play, o cd dele já estava lá. Ouvir sua voz é tão, tão mágico, poderia passar horas e horas aqui tentando descrever qual a sensação de ouvi-lo cantar e não conseguiria, é único. Após arrumar algumas coisas em casa liguei o pc e já entrei no twitter, precisava saber das novidades. Todos estavam ansiosos e com grande expectativa para o grande dia. Muitas fãs já estavam no local da gravação.
Minha mãe chegou e logo fui ajudá-la a preparar o almoço. Meu pai não almoçava em casa, dizia que não podia largar a loja sozinha e achava que gastaria muito mais indo todos os dias em casa só para almoçar. Eu e minha mãe éramos grandes companheiras e amigas, contávamos tudo uma para a outra. Nossa relação era incrível, quando brigávamos na mesma hora já fazíamos as pazes e nos abraçávamos.
Passamos à tarde jogando conversa fora. À noite passei na casa da Aline para conversarmos um pouco. Cheguei em casa tarde e já fui me deitar. No outro dia cedo acordei disposta e elétrica. Era hoje! Hoje o grande dia! Não estava aguentando de tanto nervosismo, decidi que iria relaxar.
 Chamei a Gaby, outra amiga minha e fomos para o clube, ficamos até umas 18h e depois passamos em casa, chamamos outros amigos e fomos para um barzinho. Não queria ficar em casa ou em frente à tela do computador pensando em como estaria sendo incrível aquele show. Quando olhei na tela do celular faltava pouco para uma da manhã, haviam quatro chamadas não atendidas da minha mãe. - Meu Deus! Minha mãe deve estar louca atrás de mim. – Acho que falei um pouco alto demais, quando dei por mim todos da mesa estavam me olhando e rindo da minha cara. Senti minhas bochechas queimarem, despedi de todo mundo e chamei um táxi. Corri para casa, meus pais estavam me esperando, não ficaram bravos, mas sim preocupados, os tranquilizei e fomos dormir.
Fui acordada pelo despertador. – Arrrgh! Que saco! Só mais cinco minutinhos. – Disse cobrindo meu rosto com o travesseiro.  Fechei os olhos e adormeci, quando os abri novamente e olhei no visor do telefone dei um pulo na cama. – Droga! - Estava atrasada para minha consulta no dermatologista, já estava marcado há mais de um mês. Levantei depressa, passei uma água no corpo, peguei uma maçã e sai correndo em direção ao ponto de ônibus. Se tivesse sorte chegaria só um pouco atrasada.
Para minha alegria o ônibus estava passando, cheguei para consulta e o médico ainda não havia chegado. Após meia hora de atraso fui chamada. – Dessa vez vou agradecê-lo por isso. – Pensei comigo mesma e entrei no seu consultório. Após ele me passar alguns remédios e tratamentos para diminuir minhas acnes e oleosidade fui comer algo no centro da cidade e voltei para casa.
Chegando em casa corri para o computador, queria saber de tudo. Ao entrar no meu facebook havia uma mensagem da Giih, corri para lê-la. Paralisei, não acreditava no que estava lendo, meu coração começou a bater mais forte, vi que um sorriso acabara de brotar dos meus lábios e dei um grito. – AAAAAAAAAAAAAAAAAA, NÃO ACREDITO! OBRIGADA DEUS, OBRIGADA. – Comecei a pular feito uma louca dentro do meu quarto.
De repente a porta se abre numa rapidez me assustando enquanto terminava de rodopiar, desequilíbrio e caio de bunda no chão. Minha mãe foi correndo me ajudar, perguntando se eu havia me machucado e o porquê do meu grito. Recuperei o fôlego e comecei a falar.

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