Faltam
dois dias para a gravação do DVD. Oh céus, como eu desejava estar lá!
Presenciar esse momento único e inesquecível perto do meu anjo. Argh!! Por que
as coisas tem que ser tão complicadas? Eu não poderia simplesmente largar tudo
e sair correndo esse Brasil afora atrás do meu amor, mesmo sabendo que isso me
daria uma felicidade imensa.
Estava
fazendo uma noite linda, céu repleto de estrelas com a lua cheia, adorava ficar
na janela do meu quarto olhando-as. Só de imaginar que ele também poderia estar
olhando na mesma direção meu coração já pulsava mais forte, sentia borboletas
no estômago. Eu sei, já passei dessa fase de sonhar com meu príncipe encantado,
mas a cada dia que passa eu me apaixono mais por ele. As coisas fluem tão
naturalmente que quando eu percebo estou pensando e me imaginando ao seu lado.
Finalmente
amanheceu aquela foi mais uma noite que passei imaginando como ele estaria
ansioso para que tudo saísse como planejado na gravação do DVD. Acordei tarde,
fui ao banheiro tomei um banho quente e escovei meus dentes. Fui tomar café,
minha mãe havia ido ao supermercado e meu pai já estava no serviço. Como
sempre, mais uma manhã sozinha.
Liguei
o som e apertei play, o cd dele já estava lá. Ouvir sua voz é tão, tão mágico,
poderia passar horas e horas aqui tentando descrever qual a sensação de ouvi-lo
cantar e não conseguiria, é único. Após arrumar algumas coisas em casa liguei o
pc e já entrei no twitter, precisava saber das novidades. Todos estavam
ansiosos e com grande expectativa para o grande dia. Muitas fãs já estavam no
local da gravação.
Minha
mãe chegou e logo fui ajudá-la a preparar o almoço. Meu pai não almoçava em
casa, dizia que não podia largar a loja sozinha e achava que gastaria muito
mais indo todos os dias em casa só para almoçar. Eu e minha mãe éramos grandes
companheiras e amigas, contávamos tudo uma para a outra. Nossa relação era
incrível, quando brigávamos na mesma hora já fazíamos as pazes e nos
abraçávamos.
Passamos
à tarde jogando conversa fora. À noite passei na casa da Aline para conversarmos
um pouco. Cheguei em casa tarde e já fui me deitar. No outro dia cedo acordei
disposta e elétrica. Era hoje! Hoje o grande dia! Não estava aguentando de
tanto nervosismo, decidi que iria relaxar.
Chamei a Gaby, outra amiga minha e fomos para
o clube, ficamos até umas 18h e depois passamos em casa, chamamos outros amigos
e fomos para um barzinho. Não queria ficar em casa ou em frente à tela do
computador pensando em como estaria sendo incrível aquele show. Quando olhei na
tela do celular faltava pouco para uma da manhã, haviam quatro chamadas não
atendidas da minha mãe. - Meu Deus! Minha mãe deve estar louca atrás de mim. –
Acho que falei um pouco alto demais, quando dei por mim todos da mesa estavam
me olhando e rindo da minha cara. Senti minhas bochechas queimarem, despedi de
todo mundo e chamei um táxi. Corri para casa, meus pais estavam me esperando, não
ficaram bravos, mas sim preocupados, os tranquilizei e fomos dormir.
Fui
acordada pelo despertador. – Arrrgh! Que saco! Só mais cinco minutinhos. –
Disse cobrindo meu rosto com o travesseiro.
Fechei os olhos e adormeci, quando os abri novamente e olhei no visor do telefone dei
um pulo na cama. – Droga! - Estava atrasada para minha consulta no dermatologista,
já estava marcado há mais de um mês. Levantei depressa, passei uma água no corpo,
peguei uma maçã e sai correndo em direção ao ponto de ônibus. Se tivesse sorte
chegaria só um pouco atrasada.
Para
minha alegria o ônibus estava passando, cheguei para consulta e o médico ainda
não havia chegado. Após meia hora de atraso fui chamada. – Dessa vez vou
agradecê-lo por isso. – Pensei comigo mesma e entrei no seu consultório. Após ele me passar
alguns remédios e tratamentos para diminuir minhas acnes e oleosidade fui comer
algo no centro da cidade e voltei para casa.
Chegando
em casa corri para o computador, queria saber de tudo. Ao entrar no meu
facebook havia uma mensagem da Giih, corri para lê-la. Paralisei, não
acreditava no que estava lendo, meu coração começou a bater mais forte, vi que
um sorriso acabara de brotar dos meus lábios e dei um grito. –
AAAAAAAAAAAAAAAAAA, NÃO ACREDITO! OBRIGADA DEUS, OBRIGADA. – Comecei a pular
feito uma louca dentro do meu quarto.
De
repente a porta se abre numa rapidez me assustando enquanto terminava de
rodopiar, desequilíbrio e caio de bunda no chão. Minha mãe foi correndo me
ajudar, perguntando se eu havia me machucado e o porquê do meu grito. Recuperei
o fôlego e comecei a falar.
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